Projeto Viver Melhor - Habitação: Potenciais beneficiários recebem equipe da AADES

O objetivo é verificar as informações do cadastro e analisar o perfil da pessoa com deficiência que deseja receber melhorias nas moradias por meio de obras de acessibilidade

As equipes da Agência Amazonense de Desenvolvimento Econômico e Social – AADES que atuam no Projeto Viver Melhor – Habitação, estão em campo fazendo a validação de cadastro dos inscritos. O projeto, realizado em parceria com a Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência – SEPED, faz melhorias nas moradias por meio de obras de acessibilidade na casa de pessoas de baixa renda com deficiência física ou que possuam dificuldade na locomoção.
Composta por um Fisioterapeuta, um Assistente Social e um estagiário do curso de Arquitetura as 26 equipes da AADES realizam 6 visitas por dia para verificar a veracidade das informações do cadastro e analisar o perfil da pessoa com deficiência e da família dela.
Os estagiários, selecionados pela AADES e treinados pela arquiteta da Secretaria de Infraestrutura do Estado – SEINFRA - Erika Barbosa, foram inseridos recentemente no projeto para agilizar o processo. Durante as visitas, eles identificarão as principais necessidades arquitetônicas da casa do beneficiário, farão um croqui a mão e depois, na sede do projeto passarão para o Autocad.
Tanto o cadastro, feito junto a SEPED, quanto a visita da equipe da AADES não garantem o benefício, pois a pessoa inscrita deve atender os critérios de elegibilidade exigidos pelo projeto que são: ser usuário (a) permanente de cadeira de rodas ou ter problema de locomoção (prioritariamente), ter renda de até um salário mínimo, por pessoa (prioritariamente) e ser proprietário do imóvel beneficiado, ou que o imóvel seja de propriedade de pessoa da qual o deficiente seja comprovadamente dependente direto, conforme critérios estabelecidos em Decreto. A pessoa precisa ser dona do imóvel, visto que a moradia alugada não pode sofrer modificações, assim como a casa cedida, cujo proprietário não autorize as adaptações.
Para participar do projeto, o candidato precisa fazer o cadastro na Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência – SEPED, localizada na Av. Mário Ypiranga Monteiro, 1600, Adrianópolis, onde será exigido documentos pessoais, obrigatoriamente CPF e comprovante de residência, para evitar insistência no endereço. Após o cadastro, o candidato deve aguardar a visita da equipe da AADES no domicílio.
As principais dificuldades encontradas pelas equipes durante as visitas ainda são os endereços inexistentes, informados de maneira incorreta ou incompleta durante a inscrição, e a ausência do morador inscrito. No caso da ausência, a equipe retorna até duas vezes a casa do potencial beneficiário. "As pessoas não informam o número da casa, ponto de referência, telefone, o que dificulta o trabalho das equipes. Já tivemos casos de endereços localizados no interior que foram informados como se fossem de Manaus" comenta a coordenadora do projeto Laudenise Oliveira.
O Projeto Viver Melhor – Habitação visa proporcionar acessibilidade aos deficientes, promovendo melhorias em suas moradias, além da adaptação arquitetônica do imóvel.
De acordo com a Presidente da AADES, Ana Paula Aguiar, as adaptações abrangem: adequação de portas, rampas, banheiros e melhorias no local de repouso. Caso a equipe julgue necessário, o deficiente pode ser inserido em outros programas do Governo do Estado e ganhar também cadeira de rodas, muletas, fraldas descartáveis, entre outros benefícios.
"A equipe da AADES é orientada a realizar também o cadastro por meio de busca ativa, nos casos em que a equipe encontre algum deficiente sem o cadastro, mas que apresente os critérios de elegibilidade. Nossa prioridade é fazer com que todos aqueles que realmente necessitem sejam beneficiados", declara Ana Paula.
O casal de aposentados Valdelice Cavalcante, 69, e Agostinho Taveira Vieira Filho, 71, foi um dos casos de busca ativa que preenche os requisitos do projeto. A Equipe estava realizando visita na rua Primeiro de Maio, no bairro da Compensa, zona Centro Oeste de Manaus, quando os vizinhos informaram a situação dos aposentados.
Eles receberam a equipe e foram informados sobre o projeto. Valdelice disse que mora no local a mais de 10 anos e que não tem dinheiro para reformar a casa e dar mais acessibilidade ao esposo. "Há três anos meu marido sofreu um Acidente Vascular Cerebral – AVC e foi diagnosticado com diabetes, desde então ele fica praticamente isolado dentro do quarto. Ele não consegue subir escada e tem dificuldade para se locomover, pois em todos os cômodos da casa tem uma diferença no nível do piso. Eu tenho artrose e não consigo carregá-lo, é muito difícil, até levá-lo ao banheiro é complicado", lamenta.

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