Menos de uma semana depois dar início às Ações Emergenciais na cidade de Coari (362 km de Manaus), a população já sente as melhorias proporcionadas pela Prefeitura Municipal. Dezenas de toneladas de lixo foram tiradas das ruas, praças e margens de igarapés e do lago que abriga a cidade. O único hospital da cidade agora tem médicos e medicamentos e cerca de 15 mil pessoas voltaram a ter fornecimento de água potável.
Cerca de 600 garis estão trabalhando por toda a zona Urbana do município, enquanto dezenas de operários limpam bueiros, coletam o lixo acumulado e outros instalam novo sistema de iluminação pública, agora com transformadores exclusivos, novos reatores e lâmpadas a vapor metálico. Todo atendimento médico (urgência e ambulatorial) está concentrado no Hospital Regional de Coari.

Em 1º de janeiro quando tomou posse como prefeito, Adail Pinheiro (PRP) herdou uma cidade abandonada, à beira de uma calamidade. Se não bastasse o salário dos servidores públicos atrasado ha dois meses e sem 13º há dois anos, o sistema de saúde estava na UTI, a coleta de lixo era irregular desde a metade do último trimestre de 2012 e as ruas escuras à noite, aumentando a violência por toda a cidade. Sem contar que o ex-prefeito não aceitou fazer a transição de governo.
"Sem água de qualidade e com o lixo acumulado a incidência de doenças aumenta principalmente entre crianças e pessoas idosas", adverte o clínico geral Ricardo Faria. A cidade estava sem uma ambulância sequer, o transporte de vítimas e pacientes era feito numa Kombi. Logo que assumiu, o prefeito foi obrigado a fechar todas as Unidades Básicas de Saúde, por falta de pessoal qualificado, material e local de trabalho sem qualidade e ausência de medicamentos. A grande maioria dos médicos contratados na administração do ex-prefeito eram peruanos e bolivianos, que não falavam fluentemente o português e nem possuíam CRM.
Crateras, valas, buracos, matagal e lama eram constantes em toda a rede viária do município. Em algumas ruas o trânsito de motos, pessoas e carros era totalmente inviável e obrigando as pessoas ao isolamento, principalmente em casos de doenças. "Saí de casa carregada pelos vizinhos até a rua onde um amigo deu uma carona até o hospital", reclamou a aposentada Lúcia Costa Sobreira, de 69 anos.
Com uma dívida de R$ 535 mil para fornecedores, mais R$ 480 mil em cheques sem fundo, a Companhia de água e Esgoto de Coari (Caesc) deixou de pagar mais de R$ 15 mil em energia elétrica utilizada em poços artesianos, embora cobrasse mensalmente pela água fornecida à população. Resultado, a Amazonas Energia cortou o fornecimento em 12 poços e a população foi a grande prejudicada.
Depois de pagar as contas de energia e o fornecimento de água restabelecido, o prefeito Adail Pinheiro decretou, diante da secretária Rebeca Garcia e dos deputados, que a população não mais pagará pela água. "O poço foi a prefeitura que perfurou, a rede foi a população, com ajuda da prefeitura que construiu, por que se deve pagar por uma coisa que é do povo?", questionou.
Eledilson Colares, Coari (AM)
0187/Fenaj
97 8115 3915 e 92 9474 0128
1 Comentários
Olá ao responsável pelo Blog.
ResponderExcluirSou natural de São Paulo e recém-formado em enfermagem.
Gostaria de trabalhar em Coari. Você provavelmente deve
estar se perguntando porque alguém abandonaria São Paulo
para viver em Coari. Porém para mim este barulho e esta
correria lunática de São Paulo não dá mais.
Entretanto, estou tentando entrar em contato com alguém
do hospital ou da prefeitura e descobrir como me candidatar
para uma vaga de enfermeiro e não consegui nada até o momento.
Percebi que o Blog parece ser muito informativo e que talvez a
pessoa responsável pelo blog pudesse me dar esta informação.
Agradeço antecipadamente a ajuda.
Ficarei de olho no blog esperando uma resposta.
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