O
governador do Amazonas, Omar Aziz, afirmou, nesta sexta-feira (21), que o
Governo do Estado está cumprindo as condicionantes assumidas no termo de
conciliação firmado com a Advocacia Geral da União (AGU), em 2009, como forma
de minimizar possíveis impactos sociais, ambientais, indígenas e ao patrimônio
histórico e natural com a construção da Ponte Rio Negro. “Não temos interesse
nenhum de que aquilo que foi acordado não seja cumprido”, ressaltou Aziz.
As
informações sobre o que foi cumprido pelo Governo Estadual e o que está em
processo de execução já foram repassadas aos órgãos federais na Câmara de
Conciliação que trata sobre o assunto, em Brasília (DF). A Câmara foi criada,
no âmbito da AGU, para centralizar as discussões sobre a ponte e resolver as
pendências cobradas pelos órgãos federais, entre eles o Ministério Público
Federal (MPF). Na última segunda-feira (17), os órgãos se reuniram em uma
audiência em Manaus.
“Lá
(na audiência) foi apresentado o que o Ministério Público tinha acertado em
2009, o que foi cumprido, o que está sendo cumprido e o que vai ser cumprido
ainda. O juiz federal pediu dez dias para que a gente apresentasse
(documentação sobre informações prestadas na audiência). O Ministério Público
Federal concordou na reunião e agora está entrando com um pedido para não
permitir o funcionamento da ponte. Eu acredito que vai prevalecer o bom senso.
Tanto do Ministério Público, quanto da Justiça”, disse Omar Aziz.
De
acordo com o procurador geral do Estado em exercício, Vitor Hugo, dentro do
prazo legal estabelecido pela Justiça Federal será comprovado que as
condicionantes estão sendo cumpridas. “É pouco provável que a ponte não entre
em funcionamento, pois nós estamos cumprindo tudo o que foi assumido junto a
AGU. Os órgãos ainda não tinham informação por desencontro deles entre Brasília
(onde ocorriam as reuniões da Câmara) e Manaus. O Estado, em nenhum momento,
deixou de cumprir e no prazo de dez dias será comprovado”, garantiu.
Segundo
Vitor Hugo, uma das condicionantes em fase de execução pelo Governo é a
instalação de um posto de fiscalização da Polícia Militar Ambiental na Rodovia
Manoel Urbano (AM-070), nas proximidades do município de Novo Airão. “O posto
já está sendo construído e, enquanto isso, uma balsa faz a fiscalização não só
em Novo Airão, mas nos demais municípios. O Governo já atua junto às
comunidades indígenas, que receberam implementos agrícolas e cursos para o
plantio. Não há absolutamente nada que impeça a inauguração e o funcionamento
da ponte”, disse.
Outro
compromisso assumido pelo Governo do Amazonas e cumprido foi a elaboração de
estudos sobre possíveis impactos em comunidades indígenas e de um relatório técnico sobre a
situação etnoambiental das comunidades indígenas. Coordenado
pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), o estudo
foi desenvolvido por antropólogos e já entregue a Fundação Nacional do Índio
(Funai) e apresentado aos órgãos federais na reunião da Câmara de Conciliação,
em Brasília.
Em
Novo Airão, o Governo se comprometeu com a elaboração de um projeto de
esgotamento sanitário para a cidade e no auxílio à obtenção de financiamento
para sua execução. A implantação do sistema é de responsabilidade Prefeitura do
Município. “O projeto já foi concluído e apresentado ao BNDES (Banco Nacional
do Desenvolvimento Econômico e Social e ao Ministério das Cidades. Ele está sob
análise”, informou o procurador.
Entre
outras condicionantes, estão a implantação do sistema de defensas da ponte, que
será instalado em novembro. Para operação com segurança, a Marinha do Brasil já
aprovou as normas de navegação sob a ponte. O Governo do Estado também já
entregou a AGU os estudos complementares ao Estudo de Impacto Ambiental
(EIA-RIMA).
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