PRORROGAR É POUCO - ARTHUR VIRGÍLIO


Lisboa – A prorrogação pura e simples da Zona Franca, embora relevante, necessária e inadiável, é insuficiente para oferecer respostas convincentes aos desafios postos diante desse exitoso modelo de desenvolvimento regional. Tem muita coisa a ser feita, sem dúvida alguma.

          Acabamos de perder uma fábrica chinesa de motocicletas, porque, fazendo as contas, os investidores concluíram que os incentivos fiscais oferecidos pelo Polo Industrial de Manaus não superam as vantagens estaduais de Pernambuco e mais a proximidade da malha rodoviária e, vá lá!, ferroviária nacional; dos portos e aeroportos mais relevantes e do mercado consumidor do Centro-Sul. Suponho que empresas instaladas no PIM também devem estar de calculadora na mão, com um pé no Distrito Industrial e outro em qualquer estado que lhes ofereça condições mais vantajosas de produção (onde não tenha apagões de energia, por exemplo).

          A fragilidade da infraestrutura amazonense, portanto, já ameaça o nosso expressivo polo de duas rodas.

          *Diplomata

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