Na Rio+20, Eduardo Braga defende economia verde como novo modelo de desenvolvimento

"Com a ajuda da sociedade civil organizada e com a vontade política de governantes que queiram combinar incentivos fiscal, financeiro, tecnológico e políticas públicas sociais, nós poderemos construir a tão sonhada economia verde e garantir para as futuras gerações um mundo mais equilibrado e mais correto do ponto de vista ambiental". Essa foi a conclusão do líder do governo do Senado, Eduardo Braga (PMDB), ao encerrar palestra sobre desenvolvimento sustentável realizada nesta sexta-feira (22) em evento organizado pela Coca-Cola do Brasil na Rio+20.






O senador ressaltou que é preciso mudar o modelo de desenvolvimento econômico atual, "desastroso para o meio ambiente", para um modelo baseado na chamada economia verde. Ele citou a Zona Franca de Manaus (ZFM) como exemplo de modelo que deu certo, principalmente por tirar a pressão para exploração da floresta no Amazonas e proporcionar desenvolvimento ao estado. Entretanto, lembrou que, sozinho, esse modelo não é suficiente.

"Se só a ZFM fosse suficiente, o Amazonas já estava com sua vida resolvida. A ZFM não é suficiente porque senão vai tirar todo o povo do interior, vai levar todo o povo para um aglomerado urbano, para Manaus, para viver em invasões, em condições sub-humanas de habitação, sem saneamento básico, com alto índice de criminalidade, poluição e violência", disse.

Braga lembrou que além da ZFM, indispensável para o estado, é necessário incentivar atividades econômicas a partir do uso correto da floresta, que possam gerar emprego, renda e melhoria da qualidade de vida do povo da região. Ele ressaltou modelos de atividades econômicas já desenvolvidas com sucesso no estado, como o arranjo produtivo do guaraná, que abastece as indústrias de bebidas do PIM; e da borracha, matéria-prima usada pela primeira fábrica de pneus para bicicletas e motocicletas instalada em Manaus.

"O tema da Rio+20 é economia verde, como combater a fome, a pobreza e a miséria. Acredito que para fazer isso só tem um jeito: dando atividade econômica, ocupação econômica para quem vive na floresta, sem que ele precise derrubar a floresta para poder sobreviver. E a forma para se conseguir isso é fazermos combinações inteligentes", destacou o senador.

Na palestra, o senador aproveitou para sugerir à Coca-Cola que aumente o número de produtos feitos a partir de matéria-prima extraída da floresta de forma sustentável, valorizando arranjos produtivos locais.

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