O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB), afirmou nesta segunda-feira (25), em discurso no plenário da Casa, que há mais de 10 anos, o Amazonas investe em soluções para superar o desafio de erradicar a pobreza e preservar os recursos naturais. Braga ressaltou que essa questão foi uma das principais indagações discutidas na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que ocorreu na última semana na cidade do Rio de Janeiro.
O senador destacou a importância da Zona Franca de Manaus, programa Bolsa Floresta e dos investimentos feitos pelo governo estadual – em especial nos últimos 10 anos - em arranjos produtivos locais de borracha, cacau, castanha, pirarucu, juta, malva, madeira e turismo de base comunitária, na preservação de 98% das riquezas florestas do estado.
"O importante de tudo isso é o conceito de que a floresta é uma fonte permanente e crescente de renda. Conceito que, pela primeira vez, é posto em destaque numa cúpula mundial destinada a discutir a erradicação da pobreza através do desenvolvimento sustentável", disse.
Como exemplos, Braga citou a utilização da borracha na produção de pneus para bicicletas e motocicletas fabricadas no Polo Industrial de Manaus, a utilização do pirarucu na produção do chamado "bacalhau da Amazônia", servido aos chefes de Estado presentes na Rio+20, e o uso da juta e malva para fabricação de embalagens, em substituição às sacolas plásticas.
Ele ressaltou a necessidade de governos e o setor privado investirem mais na chamada economia verde, investindo em arranjos produtivos de matérias-primas retiradas da floresta de forma ecologicamente correta.
"Falta-nos potencializar essas oportunidades para que elas sejam desenvolvidas mediante um compromisso de cumplicidade, combinações inteligentes que envolvam incentivos fiscais, financeiros e tecnológicos e uma competente gestão de políticas públicas e do setor privado. É isso o que nós chamamos de economia verde", explicou.
Resultados
O líder do Governo disse também que dois resultados da Rio+20 devem ser destacados. O primeiro foi o documento oficial "O Futuro que Queremos", que firma os compromissos assumidos pelos chefes de estado presentes de promoveram a migração do atual modelo de desenvolvimento para uma economia verde. O segundo foi a tomada de consciência, por empresas e instituições que participaram do evento, sobre a necessidade de se produzir de forma sustentável.
"Quero destacar a decisão anunciada pela Coca-Cola de reduzir substancialmente o consumo de água na produção de seus refrigerantes e da Renault em investir fortemente na oferta de carros elétricos ao mercado, tudo a partir de agora, sem perda de tempo", afirmou.
No discurso, Eduardo Braga elogiou ainda a presidenta Dilma Rousseff, pela liderança e condução do evento.
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