Governo do Amazonas inova e fecha parceria com BV Rio para o mercado de créditos de Reserva Legal durante a Rio+20




O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), fecha uma parceria com a instituição Bolsa Verde do Rio (BVRio), especializada no mercado de créditos de Reserva Legal. A ação segue orientação do governador Omar Aziz de criação de iniciativas ambientais que tragam oportunidades de crescimento para o Estado, tendo o homem como principal fator do desenvolvimento sustentável.






A parceria foi oficializada na última quinta-feira, dia 21 de junho, em programação paralela à Conferência Rio+20, no Pavilhão Rio de Janeiro, Parque dos Atletas. O Secretário de Planejamento do Estado do Amazonas, Airton Claudino, acompanhou a secretária Nádia Ferreira, titular da SDS, na ação e assinou como testemunha do processo.



A parceria entre Governo do Amazonas e BVRio está oficializada por meio do Termo de Cooperação 003/2012, que tem como objetivo a junção de esforços para desenvolver ferramentas e estruturas de mercado de ativos ambientais, com vistas à implementação das políticas públicas ambientais do Amazonas.



Serviços ambientais – O trabalho em conjunto vai ser direcionado, principalmente, para auxiliar a implementação da legislação florestal, em particular a adesão ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o estabelecimento de Reserva Legal Florestal, promovendo assim a manutenção da biodiversidade e cobertura florestal em propriedades rurais.



"Essa parceria é importantíssima para fomentar toda essa adequação ao Código Florestal. Nós vamos explorar junto com o Governo do Amazonas esse mercado de crédito de Reserva Legal", ressalta Pedro Henrique de Moura, presidente da BVRio. Moura destacou que o Amazonas tem a liderança para trazer todos os proprietários rurais a um ambiente de legalidade, tendo em vista que no Estado se valoriza o meio ambiente.



Para Nádia Ferreira, a parceria será um incentivo para a regularização de produtores rurais do Estado. "O Amazonas mais uma vez inova nessa parceria com a BVRio, o que fará com que possamos estimular os produtores a partir da finalização do Código Florestal, e aproveitar suas áreas de Reserva Legal para que eles possam adquirir ganhos econômicos com a conservação", explica.



Parceria com educação ambiental – Outra iniciativa inovadora do Governo do Amazonas foi realizada na quinta-feira, dia 21. Ao final da cerimônia de entrega do Pacto da Amazônia à ONU e à Presidência da República, a Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, Nádia Ferreira, assinou um documento formalizando parceria com o presidente da Ocean Futures Society, Jean-Michel Cousteau, em que se comprometem a trabalhar a questão da educação ambiental na Amazônia de forma integrada.



O coordenador do Centro Estadual de Mudanças Climáticas do Amazonas (Ceclima/SDS), João Talocchi, que apresentou o evento, avaliou que a parceria é estratégica para o Estado, no sentido de ampliar o interesse das pessoas pela região. "O Jean-Michel tem interesse em continuar o trabalho que o pai dele, Jacques Cousteau, começou na Amazônia há mais de 20 anos atrás de educação ambiental. Trazer a educação ambiental, mas com foco construído na Amazônia, para falar dos rios, peixes, árvores, relações entre os ecossistemas, pessoas e etnias que vivem na região. Os amazônidas deverão se conhecer ainda mais e proteger a região", declarou Talocchi.



Entrega do Pacto à ONU – A iniciativa do Governo do Amazonas para a elaboração de um documento que representasse os povos amazônidas ganhou força e se concretizou na quinta-feira, dia 21, na Conferência Rio+20. A "Carta da Amazônia", agora transformada em "Pacto da Amazônia", foi entregue ao diretor-executivo da ONU para a Rio+20, Brice Lalonde, pelo governador do Amapá, Camilo Capiberibe, e provou que a Amazônia Brasileira se uniu e tem voz para ocupar seu espaço nas negociações da Conferência.



A solenidade de entrega aconteceu durante o evento paralelo oficial da ONU: "Construindo juntos o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia", realizado no Rio Centro. O ápice ocorreu durante o pronunciamento de Lalonde, quando este afirmou que o "documento será consultado para as negociações que ainda estão em curso".

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