O Governo do Amazonas, através do programa 'Amazonas Saúde Itinerante', já beneficiou 2.564 pessoas realizando mutirões de cirurgias de catarata em 50 municípios amazonenses desde janeiro deste ano. Nesta sexta-feira, 25 de outubro, no município de Iranduba (a 25 quilômetros de Manaus) a equipe do programa realizou 60 procedimentos cirúrgicos, os quais levam em média de 15 a 20 minutos.
FOTOS: ROBERTO CARLOS
Composta por duas equipes de cinco profissionais especialistas em catarata, o mutirão de cirurgia deve encerrar o ano atendendo mais 60 pessoas no município de Autazes (a 108 quilômetros da capital). O programa é coordenado pela Secretaria de Estado da Saúde (Susam) e segue a política de atenção à saúde do governador Omar Aziz.
O tradutor, Jean Claude Gicquel, 58, mora em Iranduba e viveu 15 anos com apenas 25% de visão em função da catarata, sem saber do problema. Depois de consultar a equipe do mutirão, que está no município desde a última quinta-feira, 24, Jean teve a cirurgia marcada para o dia seguinte. Em apenas meia hora de procedimento ele saiu do centro cirúrgico curado.
"Nunca pensei que meu problema fosse catarata, imaginava que a perda da visão se tratasse do agravamento da minha miopia e hipermetropia", disse Jean, revelando que a primeira coisa que ele vai fazer é retomar o trabalho. "Eu sou tradutor de sites franceses para o português, há muito tempo eu estava parado pela complicação na vista, ou seja, além de depender fisicamente da família eu dependia financeiramente", desabafou.
Ainda em Iranduba, a estudante Ana Carolina Coelho Dias, 17, também aproveitou o mutirão para consultar um oftalmologista. Antes de passar pela cirurgia e ficar curada do problema na visão, ela reclamava de dificuldades para acompanhar as atividades escolares. Apesar da pouca idade da menina, o médico do programa, João Neto, identificou que a diabetes dela havia contribuído para o surgimento da catarata.
"A catarata é uma doença comum na terceira idade, mas existem alguns determinantes, como ingerir determinados medicamentos em excesso ou doenças como a diabete, que podem antecipar o surgimento da catarata", informou o especialista.
O oftalmologista revelou que a cirurgia oferecida gratuitamente pelo Estado, se fosse realizada na rede particular de saúde, custaria em média R$ 3 mil. "Nosso procedimento cirúrgico é o mesmo utilizando no mundo todo. Temos equipamentos de tecnologia japonesa portátil e de última geração que levamos para todos os municípios", destacou João Neto, ao reforçar que o mutirão elimina a necessidade de o paciente ter de se deslocar até Manaus para realizar o procedimento. "A recomendação do governador Omar é justamente para que o atendimento itinerante evite que o idoso ou as pessoas que tem problemas de locomoção se desloquem para a capital em busca de atendimento", disse o médico.
Cirurgia leva de 15 a 20 minutos
A catarata, segundo explicou João Neto, consiste na perda de transparência da lente natural dos olhos, o cristalino. Ainda de acordo com ele, a técnica mais recente para reversão do problema é a substituição desta lente natural por uma lente artificial. "Com a incisão de um centímetro na pupila, injetamos um líquido que revela a catarata, em seguida, pela mesma incisão, sugarmos o cristalino comprometido e o substituímos pela lente artificial", explicou, ressaltando que utilizando apenas um colírio anestésico, o procedimento leva de 15 a 20 minutos.
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