"Sem hesitar, acredita no dinheiro, não como instrumento legítimo para a circulação de bens, mas como algo determinante para suas ações ou omissões, bem como de todas as pessoas que passam pelo seu caminho. Inverte, pois, a máxima: o instrumento passa a ser ente e o ente instrumento. Nítida a contradição entre o que faz e diz acreditar. Parafraseando Friedrich Nietzsche, tornou-se aquilo que verdadeiramente é. Revela-se pois de personalidade desajustada".
O trecho acima, tomado na maior parte do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, faz parte da sentença de 312 páginas com a qual o juiz federal Fausto de Sanctis, da 6 ª Vara Criminal Federal de São Paulo, condenou banqueiro Daniel Dantas a 10 anos de prisão por corrupção ativa e a pagamento de R$ 12 milhões em multas. De acordo com de Sanctis, Dantas tentou subornar com US$ 1 milhão um delegado da Polícia Federal (PF) com o intuito de barrar a Operação Satiagraha, da PF, que chegou a prendê-los duas vezes.
O ex-presidente da Brasil Telecom Humberto Braz e o professor universitário Hugo Chicaroni, respectivamente autor do pagamento ao delegado e intermediário da tentativa de corrupção, também foram condenados a sete anos e um mês de prisão cada um. Braz terá que pagar multa de R$ 1,5 milhão e Chicaroni de R$ 594 mil. Todas as decisões estão sujeitas a recurso. De Sanctis não decretou a prisão imediata de ninguém.
O delegado Protógenes Queiroz, afastado da Operação Satiagraha, deve estar feliz como pinto no lixo. O relatório do delegado que o substituiu no comando da operação em pouco ou em nada diverge do dele. Trata-se praticamente do mesmo relatório reescrito. Leia mais em Satiagraha: Justiça condena Daniel Dantas a 10 anos de prisão por corrupção ativa
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