Raphael Alves |
Policiais desembarcam a droga na praia Dourada, no Tarumã, após operação no arquipélago de Anavilhanas, em Novo Airão |
Segundo o titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF, Humberto Ramos, toda a droga apreendida foi fornecida pela Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e deveria ser comercializada fora do País. "Até agora esta foi a maior apreensão de drogas deste ano no Amazonas", observa Ramos. Ele avalia que a maior parte da cocaína iria de Manaus para os mercados norte-americano e europeu.
A quadrilha
O colombiano Nelson Gadilha Flores, o amazonense de Tabatinga Francisco Antônio Viera da Silva e os indígenas de São Gabriel da Cachoeira Valdenir Melgueiro da Silva e Paudelino Melgueiro da Silva foram presos acusados de serem os responsáveis pelo transporte e armazenamento da droga. Conforme a legislação brasileira, a pena prevista para o tráfico de entorpecentes é de 5 a 15 anos de prisão, e o estrangeiro deve ficar preso em Manaus até cumprir sua sentença. "O Francisco já foi preso duas vezes por tráfico de drogas, uma delas em Portugal", disse o delegado.
Humberto Ramos informou que 20 agentes participaram da operação, e a investigação já dura seis meses. "Alguns homens ficaram infiltrados na cidade de Novo Airão, e outros estavam fazendo as buscas pelas ilhas". A droga estava enterrada em uma área próxima à baía no rio Negro, e o delegado calcula que havia o equivalente a R$ 6 milhões em entorpecentes. "Essa droga seria escoada pelo rio Negro até Manaus, e isso já mostra uma alteração na rota dos traficantes, resultado da intensificação da PF na fiscalização no rio Solimões".
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