MANAUS: NOVELA AMAZONINO, NOVO CAPÍTULO

Diplomação ameaçada 

Clóvis Miranda - 05/10/2008
Carlos Souza e Amazonino Mendes tiveram suas candidaturas cassadas por suposta prática de crime eleitoral, ainda no 1º turno


Tereza Teófilo
Da equipe de A CRÍTICA 
  
  A doze dias para a cerimônia de diplomação, o prefeito eleito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB), e o vice dele, o deputado federal Carlos Souza (PP), continuam com seus registros de candidatura cassados, impedidos de receberem os diplomas de seus cargos e ainda devendo para a Justiça Eleitoral mais de R$ 180 mil em multas.

O imbróglio envolvendo o advogado de Amazonino, Daniel Nogueira, que está com sua procuração vencida há 20 dias na Secretaria Judiciária do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) e que, por isso, não pode representar seu cliente, só fez tumultuar ainda mais a atual situação de Amazonino e Carlos Souza.
  
  O que já era preocupante tornou-se ainda mais grave com a decisão da juíza presidente do Pleito, Maria Eunice Torres, que na tarde de ontem, rejeitou os embargos de declaração apresentados pela defesa do prefeito eleito e de seu vice.

A magistrada considerou os embargos interpostos pelos advogados como intempestivos (fora do prazo) e negou seguimento ao recurso ordinário eleitoral que visava reverter a situação de ambos perante a Justiça Eleitoral. Com a decisão de Eunice, o recurso está impedido de seguir para julgamento da Corte do TRE-AM. 
  
Surpresa

  Ao ler a sentença fixada na parede do cartório da 58ª zona eleitoral, o advogado de Carlos Souza, Marco Aurélio Choy, não conseguiu disfarçar o ar de decepção. “Temos o total interesse de resolver isso até porque queremos que nosso cliente seja diplomado, mas da forma como está acontecendo, o nosso direito de recorrer está sendo visivelmente tolido”, desabafou.
  
Maria Eunice é autora da sentença de 1º grau que, no último dia 26 de novembro, julgou procedente a representação proposta pelo Ministério Público Eleitoral, que acusou Amazonino e Carlos Souza pela prática de captação ilícita de sufrágio por meio da distribuição aleatória de vales-combustível, concomitantemente a distribuição de material de propaganda eleitoral, às vésperas da eleição do primeiro turno.

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