As 17 delegacias distritais, a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) e a Especializada de Crimes Contra a Mulher (DECCM) passam a atender em regime de plantão 24 horas, com o objetivo de prestar mais assistência à população. A nomeação dos servidores aprovados no Concurso Público da Polícia Civil do Amazonas permitiu essa ampliação no atendimento. Dos 951 candidatos aprovados, 827 estão lotados nas unidades distritais e nas especializadas. Ao todo, 935 novos servidores já foram empossados, entre eles delegados, escrivães, investigadores, odontolegistas, peritos criminais e legistas.
A Polícia Civil do Amazonas informa que os servidores já estão em plena função nas 17 distritais e nas duas especializadas e que o quantitativo de funcionários poderá aumentar a medida que os aprovados no concurso apresentem os documentos exigidos para a posse. O prazo é até o dia 20 deste mês. A ampliação do atendimento nas delegacias do Estado é uma das metas da política de segurança do governador Omar Aziz.
Além do reforço nas delegacias, a Polícia Civil também deverá colocar em prática este ano a criação de núcleos do Instituto Médico Legal (IML), distribuídos pelas quatro zonas de Manaus. Para desafogar a demanda à sede do IML, na Cidade Nova, Zona Norte, as novas unidades vão oferecer serviços básicos, como o exame de corpo de delito. Na unidade central do órgão, os serviços continuaram sendo prestados integralmente. O modelo dos núcleos de IML segue o mesmo modelo das Delegacias Interativas, onde a população tem acesso a determinados serviços, via internet, evitando a demanda desnecessária nas delegacias distritais.
Investimento na Polícia Técnica
Para reforçar o aparelhamento técnico e científico da Polícia Civil, 10 novos kits de perícia foram doados pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) – Ministério da Justiça. A parceria entre o Governo Estadual e Federal vai permitir mais agilidade e maior fidelidade às perícias externas realizadas, principalmente, em locais onde houver ocorrências de crime contra a vida e o patrimônio público.
As maletas ou kits são compostos por uma máquina fotográfica digital, um netbook, um GPS (Global Positionig System), reagentes de drogas e sangue, lupas, material para coleta de impressão digital, máscaras para segurança dos próprios peritos entre outros materiais. A delegada e diretora do Departamento de Polícia Técnica e Cientifico (DPTC), Lilibeth Cyntia Albuquerque, afirma que um dos destaques do kit é o conjunto de lanternas forenses, que identificam manchas de sangue, pêlos, unhas, fibras e impressões digitais. Outro material que irá contribuir com o trabalho das é Luminol, reagente que permite identificar manchas de sangue não visíveis a olho nu.
"Com o Luminol podemos fazer coleta de vestígios em locais que já foram lavados. E as lanternas vão permitir maior precisão aos peritos", assegura a delegada. Anteriormente à aquisição das maletas periciais, o trabalho do DPTC contava com equipamentos similares, no entanto, para a delegada, o diferencial do novo material é a tecnologia aplicada que atende aos padrões internacionais. "Para otimizar e universalizar os kits, os peritos do departamento e os novos concursados vão participar de workshops, a partir da próxima segunda feira (21)", acrescenta Lilibeth.
Também como resultado da parceria entre o Governo do Estado e o Ministério da Justiça, a Polícia Civil receberá um reforço ainda maior com a utilização da mesma tecnologia usada pelo Serviço de Investigação da Polícia dos Estados Unidos, o FBI (Federal Bureau of Investigation) e vai permitir o compartilhamento de perfis genéticos do Banco Nacional do Instituto de Criminalística (INC) e de mais 15 laboratórios de DNA, inclusive o laboratório do Governo do Amazonas, inaugurado em 2007.
A necessidade de implantação do software Codis, da polícia norte-americana, no Brasil foi destacada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), órgão vinculado ao Ministério da Justiça. "O Codis foi fornecido pelo FBI através de termo de cooperação entre o Brasil e os Estados Unidos", diz a delegada. Atualmente, 16 Estados brasileiros integram o projeto que permite, ainda, o compartilhamento de perfis genéticos do Banco Nacional do Instituto de Criminalística (INC) e de mais 15 laboratórios de DNA, inclusive a unidade inaugurada pelo Governo do Amazonas em 2007.
Fotos: Roberto Carlos / AGECOM
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