Caracterizado por sintomas como cansaço, alterações no humor, disfunção erétil e diminuição da vitalidade, aliados à baixa dos níveis de testosterona, o Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM) ainda desperta pouco interesse dos homens, de acordo com o urologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Sandro Nassar de Castro Cardoso.
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Em 2015, a Sociedade Brasileira de Urologia realizou estudo apontando que 51% dos homens nunca tinham ido ao especialista. Além disso, 57% deles desconhecem o que é a queda de testosterona, que pode acontecer conforme a idade avança.
"A partir dos 40 anos, todos os homens apresentam uma baixa produção de testosterona, mas somente os sintomáticos são caracterizados com o distúrbio", esclarece o médico.
O urologista explica que o DAEM não pode ser comparado com a menopausa feminina, pois, diferente do que acontece com as mulheres, a testosterona diminui progressiva e lentamente. Para ser considerada fora dos padrões de normalidade, Nassar explica que a testosterona precisa estar abaixo de 230 a 300, variação que ocorre em função da forma de dosagem feita pelo laboratório. |
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Antes dos 40 anos, homens que apresentam estes sintomas são diagnosticados com hipogonadismo primário. É quando o paciente desenvolve testículos atróficos (ou atrofiados), sem qualquer relação com uma disfunção provocada pelo envelhecimento.
Para o tratamento do Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino, Sandro Nassar de Castro Cardoso recomenda a terapia de reposição hormonal, feita de duas formas – exógena ou endógena. |
A primeira acontece quando o paciente recebe testosterona via oral (através de comprimidos), na pele com creme e gel, adesivos ou injetáveis. Na forma endógena, o objetivo é estimular o corpo a produzir testosterona. Neste caso, são utilizados remédios desenvolvidos a partir da necessidade de cada paciente.
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O urologista lembra ainda que um grande medo dos homens para a terapia de reposição de testosterona é em relação ao possível aumento do risco de câncer de próstata. "A ideia da terapia não é ir além dos níveis de normalidade da testosterona. Por isso, não é preciso o receio."
Importante ressaltar que pacientes com câncer de próstata ativo ou câncer de mama não podem fazer essa terapia, até que a doença seja tratada e não esteja mais em atividade.
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