A ministra da Cultura, Ana de Holanda, afirmou que Governo Federal vai continuar investindo na área cultural no Amazonas, por meio do fortalecimento de programas e expressões culturais que também são fomentados pelo Governo Estadual. Ela esteve em Manaus, na noite desta quarta-feira, para participar do I Encontro Microprojetos Mais Cultura – Amazônia Legal, no Palacete Provincial.
Para o governador do Estado em exercício, José Melo, os recursos federais se somarão aos investimentos que o Governo do Amazonas nas políticas públicas voltadas à valorização das expressões artísticas e culturais locais. "O Amazonas tem o Festival de Ópera, o Festival de Jazz, os festivais de Parintins e de Maués, a Ciranda de Manacapuru, enfim, manifestações culturais que nasceram no recôncavo do nosso povo, mas que precisam de recursos para continuar crescendo. O governo da presidenta Dilma vem para contribuir com tudo isso e gerar mais oportunidade a esta juventude", disse Melo.
Para a ministra, além de gerar oportunidade de renda, desenvolver a cidadania e a economia local, os recursos federais permitem investimentos na cultura local, um dos segmentos mais valorizados pelo Governo do Estado, por meio da Secrataria Estadual de Cultura (SEC).
Durante o evento em Manaus, Ana de Holanda destacou que o programa Microprojetos Mais Cultura, do Ministério da Cultura (Minc), beneficiaram não somente os projetos de Manaus, mas também do interior do Estado. Na edição deste ano do programa, foram beneficiados no Amazonas 88 microprojetos de 12 segmentos, incluindo desde as artes visuais, passando pela literatura, cultura popular, música, artes cênicas e até a cultura indígena. A premiação varia de um a 35 salários mínimos para cada contemplado. Em todo o País, foram destinados R$ 14 milhões para 903 projetos.
No Amazonas, seis projetos de cultura indígena foram beneficiados pelo programa no município de São Gabriel da Cachoeira (a 858 quilômetros de Manaus). Os financiamentos se estenderam, ainda, aos deficientes auditivos com o projeto Cia Teatro Ato Cênico "No falar das mãos", cujo idealizador é o professor de teatro do Liceu de Artes e Ofício Claudio Santoro, Thiago Oliveira. "Recebemos uma verba de R$ 13 mil que foram investidos, principalmente, na contratação de pessoal especializado na linguagem de sinais, transporte para os deficientes, realização de oficinas teatrais e produção de espetáculos", destaca.
Cultura verde
A ministra da Cultura ressaltou que, apesar da grandeza territorial, o Amazonas ainda é uma "incógnita" para o restante do Brasil. "A Amazônia é atuante. Os artistas estão criando em vários setores e a função do Ministério da Cultura é desenvolver atividades para cada região, mas para o Amazonas é preciso ter um olhar especial", frisou, acrescentando que "os projetos culturais que servem ao Sul e ao Sudeste são diferentes para a Região Norte. O olhar é diferenciado para o Amazonas".
Ana de Holanda disse, ainda, que não tem definido o próximo projeto que irá beneficiar a região da Amazônia Legal - território que extrapola os limites da Região Norte, engloba trechos da Região Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. A primeira experiência do Minc na aplicação de verbas em microprojetos aconteceu na Região do Semiárido Brasileiro, em 2009, quando foram investidos cerca R$ 13,5 milhões em 1.189 iniciativas culturais daquela região.
Fotos: Chico Batata /AGECOM
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