Sob orientação do Comitê de Gerenciamento de Crise do Sistema de Segurança Pública do Amazonas, tiveram início na manhã desta segunda-feira (2) as investigações em torno da morte de 56 detentos do regime fechado, no domingo (1), no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) localizado no quilômetro oito da BR-174. Hoje, também teve início o processo de identificação dos corpos no Instituto Médico Legal.
A Força-Tarefa de investigação é formada por delegados de unidades especializadas e Distritos Integrados de Polícia (DIPs) e será coordenada diretamente pelos delegados Ivo Martins, Tarson Yuri e Rodrigo de Sá Barbosa, titulares, respectivamente, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), 4ª Seccional Oeste e 20º DIP, localizado no bairro Tarumã, zona Oeste de Manaus.
O objetivo também é identificar os líderes do movimento no dia 1º de janeiro e responsabilizá-los criminalmente. "Os delegados vão ser responsáveis na apuração das mortes no Compaj nas últimas 24h e todo o trabalho será iniciado a partir de imagens de câmeras do circuito interno da penitenciária. Eles também vão colher depoimentos de presos e de agentes penitenciários da unidade prisional", disse o delegado-geral Francisco Sobrinho.
No IML, o processo de identificação dos corpos iniciou desde as primeiras horas da manhã. As impressões digitais das vítimas já foram coletadas, bem como o levantamento de imagens dos corpos. Por volta das 15h30, iniciou a coleta de dados e informações com os familiares dos detentos.
Conforme a perita criminal do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), Fabíola Rodrigues, uma estrutura reforçada tenta agilizar o processo de reconhecimento para posterior liberação dos corpos. "O efetivo do Instituto de Criminalista e o Instituto Médico Legal estão todos empregados para viabilizar em tempo hábil na liberação de todos os corpos. Estamos com todos os materiais necessários para esses procedimentos e estamos aguardando os resultados das impressões papilares que foram coletadas e enviadas ao Instituto de Identificação", informou.
O Comitê de Gerenciamento de Crise é formado por mais de 20 órgãos dos governos Estadual, Federal e Municipal, sob a coordenação da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), e acompanha a situação das unidades do sistema prisional da capital.
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