previsão de inauguração do novo presídio estadual. A unidade terá
capacidade para abrigar 568 presos provisórios do sexo masculino e
será a oportunidade de desafogar a lotação nas celas da Cadeia Pública
Raimundo Vidal Pessoa, cuja maioria é formada de presos a espera de
uma decisão da justiça. Com a inauguração do novo presídio estadual, a
cadeia pública será desativada e o prédio vai dar espaço ao Centro de
Artes Populares da Secretaria Estadual de Cultura com recurso
destinado pelo Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania
(Pronasci).
A nova cadeia construída no KM 08 da BR 174 - ao lado do Instituto
Penal Antonio Trindade (IPAT) – ocupará um espaço de 9.706,70m2,
cercado por uma estrutura de concreto armado para reforçar a
segurança. Dividida em módulos, a unidade prisional contará com celas
coletivas e individuais e ainda espaço para prestação de serviços. Ao
todo, o investimento para construção da cadeia pública é superior a R$
21milhões.
De acordo com o secretário estadual de justiça, Lélio Lauria, as
próximas cadeias públicas estão com os projetos sendo analisados no
Ministério da Justiça. “Queremos construir uma cadeia pública feminina
e outra para jovens adultos com idade entre 18 e 24 anos”, declarou
Lauria.
O secretário revelou que no próximo dia 24 de novembro já está
agendada uma reunião com a presidente eleita, Dilma Rousseff, para
tratar do repasse de verba ao sistema penitenciário de todo país.
Atualmente o sistema prisional do Estado atende 4.731 detentos. Além
da Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, o sistema prisional do
Amazonas conta com o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), a
cadeia pública do Puraquequara, o Instituto Penitenciário Antonio
Trindade (IPAT), inaugurado em 2006, todos na capital. No mês de março
de 2010, o município de Itacoatiara recebeu uma unidade prisional com
120 vagas com investimento superior a R$ 5 milhões.
Cronologia da Rebelião
Por volta das 11 horas da manhã desta quarta-feira, 10/11, um grupo de
326 detentos da Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa desencadeou uma
rebelião na unidade mantendo seis pessoas como reféns. Um deles foi
liberado no inicio da tarde em troca de água e luz, que tinham sido
desligados.
Até as 15 horas, oficialmente, foram confirmadas quatro mortes de
detentos, ainda não identificados, pela comissão de negociação
composta por representantes da Polícia Militar, Secretaria Estadual de
Justiça, Tribunal de Justiça do Amazonas, Ministério Público, Conselho
Penitenciário e Ordem dos Advogados do Brasil.
DANIEL MACIEL
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