do Amazonas, Romeo Fialho, representou o Estado na cerimônia de premiação.
De acordo com a Opas, o Plano do Amazonas, única iniciativa brasileira selecionada pela Organização, foi premiado pelo esforço para a prevenção e controle integrado da malária, com o mérito de ter
promovido a parceria de todos os níveis de governo e contado com o apoio de organizações não governamentais e empresas privadas. As ações, desenvolvidas a partir de 2007 pelo Plano resultaram na queda projetada de 64% dos casos da doença no Estado em 2010, a maior redução registrada na Amazônia Legal. Em 2007 o Amazonas registrou 202 mil casos de malária e até dezembro deste a estimativa é de não
superar 73,1 mil casos.
O secretário de estado da saúde, Wilson Alecrim, destaca o reconhecimento da Organização Pan-Americana de Saúde ao modelo desenvolvido no estado. “Nossa experiência passa a ser referência internacional e poderá ser compartilhada com outros países que têm, como nós, o desafio de combater esta endemia”.
Segundo Alecrim, para alcançar as metas, mais de sete mil profissionais foram capacitados em todo o estado e os municípios desenvolveram planos municipais adequados às especificidades de cada região. A rede de diagnóstico foi ampliada, passando de 812 laboratórios para 1.023 e os agentes comunitários de saúde foram
inseridos no controle da malária. Cerca de 350 mil casas foram borrifadas e 75 mil mosquiteiros, desenvolvidos especialmente para o combate ao mosquito, foram distribuídos no interior do Amazonas. Dois
milhões e 700 mil exames de diagnóstico foram realizados.
As ações de controle foram desenvolvidas nos 62 municípios do Amazonas, sendo 40 deles prioritários por responderem, em 2006, por 94% dos casos e concentrarem 84% da população do Estado. A lista de prioridades foi ampliada para 51 municípios em 2008.
“É importante ressaltar o papel que os municípios vêm tendo nas medidas de controle da malária. Em Manaus, por exemplo, a atuação da Secretaria Municipal de Saúde é de fundamental importância para a
redução dos casos da doença”, ressalta Alecrim.
Para Bernardino Albuquerque, diretor da Fundação de Vigilância em Saúde, órgão coordenador do Plano de Controle da Malária no Amazonas, a redução da malária no Estado também se deve à participação efetiva
da população nas medidas de prevenção. “Não há sucesso no controle de endemias sem o esclarecimento das pessoas e a criação de parcerias amplas que unem os setores públicos e a sociedade”.
DANIEL MACIEL
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