Plano de Desenvolvimento Sustentável da Região Metropolitana de Manaus aponta mudanças para os municípios

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Durante a apresentação de detalhamento técnico do Plano de Desenvolvimento Sustentável da Região Metropolitana de Manaus nesta quinta-feira, 18, o secretário Renê Levy adiantou que, a partir de dezembro, o Conselho vai começar os debates para aprovação e implementação dos projetos para os oito municípios da RMM. "Vamos aguardar o cronograma de reuniões do Conselho que será apresentado pelo governador Omar Aziz e começar a discutir e aprovar o plano para que a partir daí os projetos possam ser colocados em prática", disse ele.
            A Região Metropolitana de Manaus é a maior do mundo com área total de 101.474 Km² com população superior a dois milhões de habitantes. Os municípios integrantes da área são Careiro da Várzea, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Novo Airão, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva e Manaus.
            Segundo Renê Levy, o Plano Metropolitano possui três frentes principais de trabalho, como sustentabilidade, integração entre os municípios e compartilhamento de interesse comum dos municípios. A estruturação do plano deverá ocorrer também em três fases: estruturação (2009 a 2012), desenvolvimento (2013 a 2016) e consolidação (2017 a 2020).
            O governador Omar Aziz afirmou que a ideia é se antecipar evitando que as cidades cresçam desordenadas. "Tudo o que está sendo apresentado não é definitivo, estamos trabalhando para evitar que as mazelas decorrentes de um não planejamento adequado possam continuar sendo experimentados por todos nós. Queremos o desenvolvimento, mas de forma ordenada", disse.
            Renê afirmou que o objetivo é estabelecer uma agenda de medidas que priorize as necessidades e oportunidades da área que a qualifique para atrair turistas em grandes eventos como a Copa das Confederações em 2013, a Copa do Mundo em 2014 e até mesmo as Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016. Além disso, na área econômica, de acordo com ele, o Governo do Amazonas apresenta propostas desde 2008 para levar os incentivos da Zona Franca de Manaus para Região Metropolitana.
            Para o bom funcionamento do projeto, Levy explicou que será estabelecido um fórum permanente com os prefeitos e representantes para acompanhamento do plano. "Para que tudo saia do papel, o Plano depende da disposição dos prefeitos e responsáveis em buscar recursos da União, de municípios, Estado ou iniciativa privada", afirmou.
            Levy assegurou que as potencialidades e restrições dos municípios foram respeitadas. "Capacidade, potencialidades e restrições precisam ser respeitadas para que nós tenhamos na Região Metropolitana uma realidade diferente do que temos visto em outros Estados", afirmou.
            O Conselho de Desenvolvimento Sustentável da Região Metropolitana é formado por prefeitos municipais, secretários, representantes dos poderes legislativo estadual e municipal e sociedade civil organizada.

Estratégias

            Todas as áreas de desenvolvimento econômico como turismo, empreendimentos industriais, atividade comercial, logística, mobilidade urbana, questão ambiental e infra-estrutura foram planejadas para os oito municípios.
            Para Manaus, os estudos apontam o anel viário, via alternativa para transporte de cargas pesadas, como solução para o trânsito da cidade. O anel viário vai da ponte sobre o rio Negro até o Puraquequara.
            O prefeito de Presidente Figueiredo, Fernando Vieira, disse que o município tem todas as condições para contribuir com o Plano. "Tudo o que o Estado do Amazonas necessita para desenvolver está em Presidente Figueiredo, estamos numa BR internacional, temos potencial turístico, água de qualidade para vender para o mundo", disse ele afirmando que a cidade pretende levar a questão energética como prioridade para a discussão dos projetos.
            O Plano de Desenvolvimento Sustentável da Região Metropolitana de Manaus prevê projetos específicos para o uso e ocupação do solo na margem direita do rio Negro, lado do Cacau Pirêra.
            No setor Oeste e Noroeste da margem direita do rio, os estudos apontaram área propícia para construção de complexos residenciais, industriais e resorts, com áreas verdes, de lazer, escolas, hospitais e delegacias. O Plano propõe ainda uma nova via metropolitana expressa que deverá assumir as ligações regionais com Manacapuru e Novo Airão. Além de apontar para a construção de prédios como a melhor alternativa para minimizar a remoção vegetal.
            Um dos grandes destaques para o outro lado do rio é a criação do Parque Metropolitano do Encontro das Águas, onde se valorize a natureza dos igarapés, igapós e áreas inundadas, além de levar lazer e exposições aos amazonenses com o Complexo Esportivo, Pavilhão de Exposições e de Convenções.


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Fotos: ALFREDO FERNANDES / AGECOM
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