Ibope: Lula é o presidenciável com maior potencial de votos

Pela 1ª vez desde 2015, eleitores que dizem que votariam nele se equivalem aos que não votariam de jeito nenhum

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ESTADÃO CONTEÚDO
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ESTADÃO CONTEÚDO
O EX-PRESIDENTE LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA (FOTO: FILIPE ARAÚJO/FOTOS PÚBLICAS)
Pesquisa inédita do Ibope mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)voltou a ser o presidenciável com maior potencial de voto entre nove nomes testados pelo instituto. Pela primeira vez desde 2015, os eleitores que dizem que votariam nele com certeza (30%) ou que poderiam votar (17%) se equivalem aos que não votariam de jeito nenhum (51%), considerada a margem de erro. Desde o impeachment de Dilma Rousseff, há um ano, a rejeição a Lula caiu 14 pontos.
Entre os dias 7 e 11 de abril, o Ibope realizou 2.002 entrevistas face a face, em 143 municípios de todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. As perguntas eleitorais fizeram parte da pesquisa que o instituto conduz mensalmente com questionário variável, o chamado BUS.
Na pesquisa de potencial de voto, o entrevistador apresenta um nome de cada vez e pede ao eleitor que escolha qual frase descreve melhor sua opinião sobre aquela pessoa: se votaria nela com certeza, se poderia votar, se não votaria de jeito nenhum, ou se não a conhece o suficiente para opinar. É diferente da intenção de voto.
Apesar de ter não contar mais com a projeção e a visibilidade inerente ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa ainda é considerado um candidato viável à Presidência da República por uma parcela considerável dos eleitores. Na pesquisa Ibope, Barbosa aparece com 24% de potencial de voto (soma das respostas "votaria com certeza" e "poderia votar").
O ex-ministro, que se celebrizou ao conduzir o julgamento do mensalão e que se aposentou do STF em 2014, também não sofre com os níveis de rejeição atribuídos aos políticos. Apenas 32% dizem que não votariam nele de jeito nenhum - uma das taxas mais baixas entre as dos nove nomes testados pelo Ibope. Barbosa, porém, não manifestou a intenção de se candidatar em 2018 e nem sequer é filiado a um partido.
O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que tenta se beneficiar da onda de rejeição a políticos - apesar de ser parlamentar desde o começo dos anos 1990 -, aparece com 17% de potencial de voto na pesquisa. Seu possível contingente de eleitores cresceu seis pontos porcentuais desde o ano passado, mas a parcela que o rejeita aumentou ainda mais, de 34% para 42%. 

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