Os dois homicídios nada tiveram a ver com a visita do governador, mas aconteceram exatamente no dia em que a maior autoridade do Estado do Amazonas inaugurava obras e uma escola de tempo integral em Coari. Constitucionalmente a segurança pública é de competência do governo do Estado. E as mortes que aconteceram hoje, exatamente neste dia, tem em sim um significado emblemático do grito silencioso e desesperado dos coarienses que clamam por segurança pública.
Dr. Assis (cirurgião dentista) e sua filha Rayssa foram assassinados covardemente por arma de fogo, por volta das 12:00 desta quinta-feira (16). Eles estavam em sua casa almoçando quando os bandidos entraram e executaram o crime. O homicídio chocou a população coariense, por se tratar de algo impensado até então envolvendo duas pessoas que viviam uma vida pacata, voltada para o trabalho e seus laços familiares.
A polícia trabalha com a possibilidade de latrocínio, mas não descarta outra linha de investigação, como a de execução.
A cidade que vivia o clima da presença do governador emudeceu diante do choque. O choque da dura realidade. A realidade que Coari precisa muito mais do que obras ou qualquer outra iniciativa: necessita prioritariamente de segurança pública. O crime praticado hoje, chocou.... Mas há muitos outros crimes de pequena repercussão em seguimento: fruto do descaso, da falta de aparelhamento das polícias e do apoio necessário para combater o tráfico de drogas.
Foi louvável inaugurar uma escola hoje, muito louvável. Eu estive inclusive participando da inauguração e aplaudi a iniciativa, assim como os demais cidadãos coarienses que lá estava e que assim como eu torcem por uma Coari melhor. A educação é o caminho para tirar o homem da criminalidade. Mas a realidade nos fala com toda a veemência, que no caso de Coari é necessário tomar medidas urgentes para combater veementemente a criminalidade também.
Até porque diante de tantos homicídios por arma de fogo que vêm acontecendo em Coari, ao ocorrer mortes como estas de hoje, a preocupação bate forte com a família de todos os coarienses e as preces sobem ao céu pedindo a Deus que nos livre do mal, pois do jeito que a coisa está, qualquer um pode ser o próximo.
1 Comentários
Enquanto não houver um consenso na política de segurança pública; enquanto a política de segurança pública for norteada por disputas eleitoreiras e ideológicas e não por critérios técnicos; enquanto a segurança pública não for vista como a pedra angular da manutenção das instituições democráticas, só há um veredicto: seremos eternos reféns desses bandidos e de seus futuros herdeiros. E em pouco tempo tal situação não terá mais volta.
ResponderExcluirCoari, clama por segurança URGENTE.
Santos
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