
As condenações do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas em relação ao Município de Coari já ultrapassam R$ 300 milhões, valor superior a arrecadação anual do município (R$235 milhões).
Entre aplicação indevida, pagamento de familiares, ausência de prestação de contas e ausência de comprovação de aplicação de recursos, os ex-gestores do Coari somam mais de R$ 300 milhões em condenação, valores que dificilmente retornarão aos cofres municipais.
Para o Procurador Geral do Município a situação é agravada pela inércia das administrações anteriores, que negligenciaram a obrigação de executar a dívida.
"O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas notifica todos os gestores para promoverem a inscrição em dívida ativa e a execução fiscal dos valores. Em Coari isso nunca foi feito, os ex-gestores preferiram ignorar o crédito da Fazenda Pública. Assim, somente em 2015 conseguimos executar esses débitos", comentou o Dr. Fábio Tavares Amorim.
A consequência deste fato é que os ex-gestores já conseguiram esconder todo o patrimônio que possuem em nome de laranjas, dificultando a tarefa do Município de Coari na recuperação dos créditos.
De fato a depressão do petróleo e a crise que o Brasil passa diminuíram a arrecadação do Município de Coari, o qual recentemente parcelou os salários do funcionalismo público. No entanto, se tivesse estes valores que foram desviados em caixa, com certeza a situação era diferente.
Entre as condenações mais notórias, encontra-se a do ex-Prefeito Adail Pinheiro, do ex-Prefeito Arnaldo Mitouso, do Ex-Presidente da Câmara Iranilson Medeiros e do ex-servidor Adriano Salan.
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