Pós-protestos: Dilma chama Temer para participar do comitê político



A presidente Dilma Rousseff deu uma demonstração hoje que os protestos ocorridos neste domingo afetaram sua forma de governar. Atendendo o conselho do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma convido,u pela primeira vez neste mandato, o vice-presidente Michel Temer para uma reunião do Conselho Político. Lula tinha dito a Dilma que ela precisaria fazer mais política e se aproximar dos políticos. O ato também demonstra que o PMDB saiu fortalecido dos protestos. Afinal Dilma precisa, e muito do partido para governar.

Participaram também da reunião nove ministros. Ela já havia anunciado que faria reuniões de coordenação política com a participação de ministros de diversos partidos para discutir os temas de interesse do governo. Participam do encontro, além de Temer, os ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga; das Cidades, Gilberto Kassab; da Aviação Civil, Eliseu Padilha; da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo; da Casa Civil, Aloizio Mercadante; da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas; da Secretaria-geral da Presidência, Miguel Rossetto; da Defesa, Jaques Wagner; da Justiça, José Eduardo Cardozo; e o assessor especial da presidenta, Gilles Azevedo.

Após a reunião, ministros falaram em manter o diálogo com setores políticos e movimentos sociais e em buscar convergência de propostas e ações. “Venho deixar claro que o governo está inteiramente aberto ao diálogo e assume como postura central o diálogo com todas as forças sociais, e pouco importa se são forças sociais que apoiam ou são contra o governo. Pouco importa se são lideranças políticas que apoiam o governo ou se são oposicionistas. O governo está aberto ao diálogo com todos”, disse o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, em entrevista coletiva.

Cardozo disse que a primeira resposta que se dá as manifestações é ouvi-las. Ele reforçou a avaliação de que a indignação contra a corrupção foi a forte reivindicação dos protestos de ontem. O ministro da Justiça explicitou que é hora de buscar convergência para encontrar alternativas no campo da política e da economia.

Para o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, os manifestantes pediram sobretudo o combate à corrupção. Ele defendeu que o governo tem enfrentado com “humildade” os efeitos da crise econômica e disse que os ajustes feitos ocorreram em função do esgotamento da possibilidade de manter desonerações e subsídios.

Ao responder a pergunta sobre como a presidenta Dilma recebeu as manifestações, o ministro Eduardo Braga lembrou que ela foi presa durante a ditadura militar, portanto, tem fortes valores democráticos. “O estado de espírito da presidente é de uma democrata que se coloca diante de seu povo para responder a desafios”, concluiu.

FONTE: Ceará Agora

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