DO ÚLTIMO SEGUNDO: 54 nomes de políticos investigados na Lava Jato chega ao STF

Relação traz políticos com foro especial, mencionados em pedidos de abertura de 28 inquéritos policiais; divulgação depende de levantamento do sigilo por parte de Teori Zavascki

A lista com 54 políticos com foro especial sobre os quais o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu abertura de 28 inquéritos policiais, chegou oficialmente ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), na noite desta terça-feira (3).  A divulgação dos nomes supostamente envolvido no esquema de desvios na Petrobras depende agora da suspensão do sigilo das investigações, solicitado pelo procurador.


Rodrigo Janot: divulgação de nomes suspeitos de envolvimento depende da suspensão dos sigilos
Agência Brasil
Rodrigo Janot: divulgação de nomes suspeitos de envolvimento depende da suspensão dos sigilos

No ofício, Janot pede também o arquivamento de sete investigações preliminares abertas em setembro do ano passado com base nos depoimentos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e o doleiro Alberto Youssef, mas que não tinham indícios que pudessem justificar a abertura de inquérito.
A expectativa em torno da divulgação dos nomes vem acirrando as tensões no Congresso e no governo. Nos últimos dias, políticos supostamente incluídos na relação começaram a ensaiar discursos em resposta às acusações de envolvimento no esquema.
Nona fase da Operação da Lava Jato começou nesta quita-feira (5) e apreendeu grandes quantidades de dinheiro, 500 relógios e documentos. Foto: Polícia Federal
Nona fase da Operação da Lava Jato começou nesta quita-feira (5) e apreendeu grande quantia de dinheiro, 500 relógios e documentos. Foto: Polícia Federal
Suspeito de ligação com Alberto Yousseff, Adarico Negromonte é preso pela PF, em novembro.. Foto: Cassiano Rosário/Futura Press
O advogado da Queiroz Galvão, José Luiz de Oliveira Neto, em entrevista em novembro. Foto: Cassiano Rosário/Futura Press
Roberto Brzezinski Neto, representante do escritório que defende Renato Duque na Operação Lava Jato, em janeiro. Foto: Cassiano Rosário/Futura Press
Nona fase da Operação da Lava Jato começou nesta quita-feira (5) e apreendeu grande quantidade de dinheiro, 500 relógios e documentos. Foto: Polícia Federal
Investigações da Operação Lava Jato . Foto: Fotos Públicas
Graça Foster e cinco diretores renunciam ao cargo na Petrobras
. Foto: Fotos Públicas
Costa e Cerveró entram em contradição na CPMI sobre corrupção na Petrobras. Foto: Fotos Públicas
Costa e Cerveró entram em contradição na CPMI sobre corrupção na Petrobras. Foto: Fotos Públicas
Costa e Cerveró entram em contradição na CPMI sobre corrupção na Petrobras. Foto: Fotos Públicas
Costa e Cerveró entram em contradição na CPMI sobre corrupção na Petrobras. Foto: Fotos Públicas
Lilian Pinheiro visita o pai, Leo Pinheiro (presidente da OAS), em carceragem da PF, em janeiro. Foto: Futura Press
Amigos e familiares do lobista Fernando Baiano o visitam em carceragem da PF em Curitiba (PR), em 21 de janeiro. Foto: Futura Press
Procurador Deltan Dallagnol explica como era feita esquema de propina na Petrobras, em coletiva realiazada em Curitiba (PR), no dia 11 de dezembro. Foto: Futura Press
Sede do Ministério Público Federal, que investiga os desvios na Petrobras. Foto: Futura Press
Viatura da Receita Federal deixa prédio da construtora Camargo Correia durante operação Lava Jato, em 14 de novembro. Foto: Futura Press
Malotes com documentos de detidos na Operação Lava Jato apreendidos pela PF em 14 de novembro . Foto: Futura Press
Presidente da construtora UTC, Ricardo Pessoa, é preso pela PF em 14 de novembro de 2014. Foto: Futura Press
Polícia Federal vasculha sede da OAS, uma das envolvidas em esquemas de propinas da Lava Jato, em novembro de 2014. Foto: Futura Press
Funcionário manuseia obras de artistas brasileiros apreendidas pela PF na Operação Lava Jato, em 16 de maio. Foto: Futura Press
PF apreende farta quantia de reais e dólares no Rio de Janeiro, em 17 de março. Foto: Divulgação/Polícia Federal
PF apreendeu grande quantidade de dinheiro em cofre na cidade de Londrina, no Paraná. Foto: Divulgação/Polícia Federal
Entre os crimes investigados estão contrabando de pedras preciosas e desvios de recursos públicos. Foto: Divulgação
São cumpridas também ordens de seqüestro de imóveis de alto padrão, além da apreensão de patrimônio adquirido por meio de práticas criminosas. Foto: Divulgação
Carro de luxo apreendido pela PF. Foto: Divulgação
Entre os bens apreendidos, foram encontradas obras de arte no Paraná. Foto: Divulgação/PF
Posto de combustível no DF onde foram feitas apreensões. Foto: Divulgação/PF
Operação Lava Jato da Polícia Federal. Foto: Divulgação
Doleiro Alberto Yousseff segue preso por outras acusações 21 10 2014. Foto: Jeso Carneiro/Agência Senado
Nona fase da Operação da Lava Jato começou nesta quita-feira (5) e apreendeu grandes quantidades de dinheiro, 500 relógios e documentos. Foto: Polícia Federal
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A lista, supostamente, já teria confirmados os nomes de dois dos principais líderes da base no Congresso: os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), segundo informações veiculadas pelos sites dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo. O aviso teria sido feito, supostamente, pelo vice-presidente da República, Michel Temer, que esteve com Janot na quinta-feira.
Embora a expectativa seja de que os nomes venham à tona ainda nesta semana, a decisão de tornar a lista pública depende exclusivamente do ministro Teori Zavascki neste momento.  
Apesar da apreensão em torno dos nomes, tanto o Palácio do Planalto quanto parlamentares têm dito que a divulgação pode se transformar em mecanismo de alívio. Primeiro, por conta da decisão de Janot de pedir apenas a abertura de inquéritos e não de abrir ação penal contra os suspeitos de envolvimento no esquema da Petrobras. Segundo, pela previsão de que políticos de vários partidos sejam incluídos na lista, o que ajudaria a diluir o desgaste entre integrantes da base e da oposição.
No Planalto, há ainda a expectativa de que a decisão tire parte do foco das denúncias da presidente Dilma Rousseff.

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