Quando ocupava o cargo de Presidente da República, Sarney determinou a inclusão da expressão nas notas
A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, órgão do
MPF, alega que as três palavras ferem o princípio de laicidade do Estado
e privilegiam uma religião em detrimento de outras.
Luiz Antônio Giron: Tirem Deus do dinheiro
"Eu tenho pena do homem que na face da Terra não acredita em Deus",
disse o senador. Sarney defendeu ainda que, ao contrário do que querem
os procuradores, é necessário ter consciência da gratidão a Deus. "Eu
acho que é uma falta do que fazer porque, na realidade, precisamos cada
vez mais ter a consciência da nossa gratidão a Deus por tudo o que ele
fez por todos nós, humanos, e pela criação do universo. Nós não podemos
jamais perder o dado espiritual", afirmou.
Questionado pelo MPF, o Ministério da Fazenda disse que a inclusão da
frase foi feita em 1986, por determinação direta do então presidente da
República, José Sarney. Em 1994, com o Plano Real, o texto foi mantido
pelo ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso.
Segundo informações da assessoria de imprensa do MPF, o procurador
regional dos direitos do cidadão Jefferson Aparecido Dias defende a
retirada da expressão das notas como forma de proteger a “liberdade
religiosa de todos os cidadãos”. Ele diz que nenhuma lei permite a
manifestação religiosa. “Imaginemos a cédula de real com as seguintes
expressões: ‘Alá seja louvado’, ‘Buda seja louvado’, ‘Salve Oxossi’,
‘Salve Lord Ganesha’, ‘Deus não existe’. Com certeza cristalina haveria
agitação na sociedade brasileira em razão do constrangimento sofrido
pelos cidadãos crentes em Deus”, afirma Dias na ação.
AC
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