A
imprensa noticia a palavra dos líderes, mas passam um tanto quanto
despercebidos os aplausos que ocorrem, de Norte a Sul do Globo
Terráqueo, por parte de pessoas simples, pessoas comuns, pessoas que não
são líderes, mas que querem a Paz.
Milhões de cidadãos espalhados pelo mundo, torcem pela Paz Israel / Palestina.
É preciso que o grito a favor da Paz tenha maior força.
Nutro
imensa admiração por Israel. Com que júbilo saudei, na juventude, a
criação do Estado judaico. A manifestação juventil, a que me refiro,
ocorreu em Cachoeiro de Itapemirim, uma cidade que tem alma singular e é
exemplo de bairrismo sadio.
Pode
deixar de ter vocação pacifista quem nasceu, cresceu e foi educado na
cidade natal do imenso e humano Rubem Braga, o cronista-poeta que cantou
com singeleza as coisas mais belas da vida, e de seu irmão Newton
Braga, criador de uma festa-ternura que se chama Dia de Cachoeiro? Que
saudade daqueles tempos de adolescência e mocidade, que lembrança feliz
da Casa do Estudante.
Tenho
profunda admiração pelo Estado da Palestina. Como me encanta a luta do
povo palestino em busca de chão. Que belo o trajeto histórico desse
povo. Essa ânsia de sobrevivência nacional, que a concretude territorial
assegura, merece o apoio de todos os homens e mulheres de boa vontade. A
nenhuma nacionalidade pode ser negado o direito de pisar numa terra que
considere sua.
Através
dos canais diplomáticos, através da ONU, com o endosso de um concerto
de nações, inclusive com o endosso do Brasil, judeus e palestinos podem
conviver no respeito recíproco, trocando a exclusão pela partilha, a
incompreensão pela tolerância.
Palmas,
vibrantes palmas para o Estado judeu e o Estado palestino. Abaixo a
força das armas, silenciem-se os fuzis. Erga-se a voz do diálogo. Que se
assentem junto à mesa representantes dos dois povos, Renda-se apoio e
simpatia aos que se aprontam para ouvir as razões do outro e celebrar a
concórdia.
Árabes
e judeus disputam no Brasil uma competição a serviço do bem. Constróem
obras beneméritas. Na prestação de serviços à coletividade, doam tempo,
dinheiro e amor. É assim que testemunham gratidão pela acolhida que
eles, seus pais, avós e bisavós tiveram no Brasil.
Se dependesse da colônia árabe brasileira e da colônia judaica brasileira jamais teria havido guerra no Oriente Médio.
Vamos
aplaudir, com toda a garra de que é provida a alma brasileira, os
esforços dos que, neste momento, estão empenhados no entendimento.
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