O
senador Eduardo Braga (PMDB/AM) comemorou nesta terça-feira (30) a
decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF),
de conceder liminar declarando inconstitucionais os benefícios fiscais
concedidos pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para a
produção de tablets naquele estado. A medida prejudicava os produtos
fabricados na Zona Franca de Manaus (ZFM), ao conceder alíquota zero
para a fabricação de tablets no estado de São Paulo.
A
decisão de Celso de Mello resultou da interposição de uma Ação Direta
de Inconstitucionalidade (Adin) protocolada pelo governo do Amazonas no
STF em julho do ano passado. Na ocasião, o senador Eduardo Braga
acompanhou o governador Omar Aziz àquele tribunal para explicar os
prejuízos que a medida de São Paulo causava na indústria amazonense.
O
ministro Celso de Mello reafirmou a jurisprudência do STF, segundo a
qual sem a concordância do Conselho Nacional de Política Fazendária
(Confaz), por meio de manifestação unânime de seus membros, nenhum
Estado pode conceder a seus produtos benefícios fiscais, permanentes ou
pontuais, no âmbito do ICMS, em detrimento dos mesmos produtos
fabricados em outras unidades da Federação.
Ao
comentar a decisão do STF, Braga lembrou que os benefícios fiscais
concedidos aos produtos fabricados na Zona Franca de Manaus (ZFM) estão
inseridos na Constituição e têm sido sistematicamente prorrogados por
meio de emenda constitucional. Ele explicou que tramita no Congresso
Nacional proposta enviada pela presidenta Dilma Rousseff para a
prorrogação desses incentivos, válidos até 2023, por mais 50 anos, além
de projeto de lei complementar que estende os incentivos fiscais para a
Região Metropolitana de Manaus.
“É
preciso que todos entendam que não se trata de uma concessão gratuita,
mas do pleno reconhecimento de que o Amazonas, pelo seu isolamento
físico e pelas dificuldades de acesso de seus produtos aos demais
mercados do país, precisa de um incentivo para compensar, pelo menos
parcialmente, essas dificuldades logísticas que interferem diretamente
na competitividade de seus produtos fora das fronteiras amazonenses”,
explicou.
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