Chama à atenção a quantidade de menores trabalhando no porto da cidade de Codajás. Crianças que ficam expostas a todo o tipo de violência, todos os dias da semana. De domingo a domingo elas estão lá, no flutuante, com bandejas de salgados e doces para faturar algum tostão para ajudar na renda familiar.
Eu mesmo, presenciei uma delas ser agredida, quando alguém mais afoito, jogou uma fruta verde em direção a um dos menores atingindo em cheio. O menor chorou, segurando a bandeja que representava a luta diária em busca de uma renda para mitigar a necessidade. O choro contido do menino que insistia em enxugar as lágrimas.
Vi esta cena na quinta-feira à tarde, e ao passar por lá novamente no domingo à bordo da Lancha Pérola, o menino estava lá firme e forte, vendendo os salgadinhos. A grande questão em torno deste assunto é a exposição do menor a todo tipo de violência. Um pouco acima, em um pequeno prédio, homens comercializavam droga livremente à luz do dia.
Os menores que estão neste tipo de ambiente correm grande perigo. A realidade de Codajás não é diferente da realidade de milhares de municípios que não acompanham as crianças que são envolvidas neste tipo de situação. Apesar do programa federal de erradicação do trabalho infantil e da verba que o governo federal repassa aos municípios para executarem políticas públicas neste sentido, os governos municipais continuam fazer vistas grossas a este grave problema social.
DANIEL MACIEL
BLOG COARI EM DESTAQUE
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