Coari - A doença de Chagas é considerada silenciosa e tem sintomas semelhantes aos da malária. Por conta disso, a pessoa doente só descobre que foi infectada por acaso, o que impossibilita determinar como ocorreu o contágio. A conseqüência é a falta de dados sobre os índices e formas de contaminação em Manaus, como explicou a pesquisadora Maria das Graças Vale Barbosa, da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (FMT-AM).
Barbosa estuda a dinâmica de transmissão da doença causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, que tem o barbeiro como hospedeiro. Após pesquisas em Coari e Tefé, os trabalhos serão concentrados no ramal do Pau-Rosa (km 21 da BR-174) e no Tarumã. Ela disse que o objetivo é evitar surtos da doença no local. “Os dados coletados servirão para detectar como o ciclo de transmissão ocorre na região amazônica e como as autoridades competentes podem utilizar tais informações na construção de campanhas de conscientização e prevenção”, salientou.
De acordo com ela, o levantamento faz parte do projeto submetido ao edital do Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde no Amazonas (PPSUS–AM) realizado em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
Há três anos desenvolvendo estudos referentes à transmissão da doença, a pesquisadora informou que o interesse pelo levantamento no ramal do Pau-Rosa e no Tarumã se justifica porque, normalmente, as pessoas infectadas não manifestam os sintomas. Barbosa citou como exemplo as coletas feitas nos municípios de Coari e Tefé, onde foram detectadas 15 pessoas nessa situação.
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