Dublin, 20 mai (EFE).- O arcebispo da Igreja Católica irlandesa, o cardeal Sean Brady, pediu desculpas hoje e disse estar "envergonhado" pelos milhares de casos de abusos sexuais, físicos e psicológicos cometidos por religiosos em instituições do país durante quase 70 anos.
Brady emitiu um comunicado hoje em resposta à publicação de um relatório da Comissão sobre Abusos a Menores, realizada em 2000, para esclarecer denúncias de abusos ocorridos desde 1940, até meados da década de 80.
O relatório, disse o arcebispo, "documenta um catálogo vergonhoso de crueldade, abandono, abusos físicos, sexuais e emocionais", que aconteceram em escolas públicas, orfanatos, centros para doentes mentais e em outras instituições, que, em sua maioria, eram administradas por sacerdotes e freiras católicas.
"O relatório ilumina um período obscuro do passado. A publicação deste extenso documento e análise é um passo bem-vindo e importante para estabelecer a verdade, para dar justiça às vítimas e para assegurar que um abuso como esse não volte a acontecer", disse Brady.
O cardeal reconheceu o "grande dano e sofrimento" causado a "alguns dos menores e mais vulneráveis integrantes de nossa sociedade", e acredita que estas revelações "ajudarão a curar a dor das vítimas".
"A Igreja Católica continua decidida a fazer tudo o que for necessário para transformar a Igreja em um lugar seguro, alegre e provedor de vida para as crianças", disse.
"Sinto muito e estou envergonhado que menores tenham sofrido de maneiras tão horríveis nestas instituições", acrescentou Brady.
Nas próximas semanas, será divulgado o conteúdo de uma outra investigação da comissão sobre abusos ocorridos entre 1975 e 2004 em várias paróquias da capital irlandesa, que já foi qualificado como "horroroso" pelo arcebispo da diocese de Dublin, Diarmud Martin. EFE
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