PF prende dez suspeitos por crimes financeiros; Camargo Corrêa é alvo de operação
colaboração para a Folha Online
A Polícia Federal prendeu dez pessoas suspeitas de cometerem crimes financeiros e lavagem de dinheiro em operação deflagrada nesta quarta-feira. Entre os presos estão quatro diretores e duas secretárias da construtora Camargo Corrêa.
De acordo com a PF, a operação, batizada de Castelo de Areia, foi deflagrada para desarticular uma quadrilha inserida na construtora. Além das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos locais do país.
Em um dos locais investigados no Rio, a polícia apreendeu mais de R$ 1 milhão. Ao todo, foram expedidos dez mandados de prisão e 16 mandados de busca e apreensão.
Por meio de nota, a Camargo Corrêa se disse perplexa com a operação e que confia nos funcionários detidos, embora ainda não tenha acesso às informações da PF.
"A Camargo Corrêa vem a público manifestar sua perplexidade diante dos fatos ocorridos hoje pela manhã, quando a sua sede em São Paulo foi invadida e isolada pela Polícia Federal, cumprindo mandado da Justiça. Até o momento a empresa não teve acesso ao teor do processo que autoriza essa ação", afirmou a empresa.
Políticos
Segundo informações da colunista Mônica Bergamo, a investigação vai respingar em alguns dos principais partidos políticos do país.
Os principais crimes investigados pela Polícia Federal na operação são evasão de divisas, operação de instituição financeira sem a competente autorização, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraude a licitações. Somadas, as sentenças por esses crimes podem chegar a 27 anos de prisão.
Segundo a Polícia Federal, a quadrilha movimentava dinheiro sem origem lícita aparente através de empresas de fachada e operações conhecidas como dólar-cabo --sem registro no Banco Central, através de depósito em conta brasileira de doleiros que possuem contas no exterior para transferência ao destino final do dinheiro.
O objetivo era prender funcionários da construtora, além do articulador do esquema criminoso e dos doleiros identificados, segundo comunicado da PF.
Diversos clientes dos doleiros investigados foram também identificados e podem responder por crime de evasão, cuja pena chega a seis anos de prisão. Serão instaurados inquéritos policiais para apurar suas participações.
Leia mais notícias sobre crimes financeiros
- Operação da PF na Camargo Corrêa atinge partidos políticos
- PF realiza operação contra crimes financeiros na Camargo Corrêa
- Camargo Corrêa se diz perplexa com operação da PF e alega inocência
Outras notícias sobre economia em Dinheiro
- STF define prazo até 30 de abril para não índios saírem da Raposa/Serra do Sol
- AGU contesta liminar que suspendeu multas a ex-prefeitos
- Painel da Folha: Lula deve "jogar parado" contra esforço de Delúbio para retornar ao PT
Especial
0 Comments:
Postar um comentário
1. O Blog em Destaque reserva-se o direito de não publicar ou apagar acusações insultuosas, mensagens com palavrões, comentários por ele considerados em desacordo com os assuntos tratados no blog, bem como todas as mensagens de SPAM.