Na verdade, não estamos falando de mais um assassinato, tamanha a banalidade com que isso vem ocorrendo em nosso Estado, sobretudo em Manaus, onde há maior atenção da imprensa. Referimo-nos a uma barbaridade que ali se praticou contra um ser humano, episódio que comoveu e revoltou uma expressiva parcela da população coariense. Não era para menos. Afinal, até onde se sabe, a vítima sofreu muito nas mãos de seus algozes antes de vir a ser morta com requintes de crueldade. Não por acaso, o corpo foi encontrado com marcas de tortura, mutilado, queimado e pendurado numa árvore.
Difícil de acreditar, mais ainda de se aceitar, que a barbaridade tenha sido praticada por guardas municipais do chamado grupo Delta. Mas foi sobre eles que recaiu a suspeição maior da família de Eliney Mendes. É possível que a polícia conclua, ao fim da prisão temporária, que os familiares estavam equivocados. Mas até lá, a resposta do inquérito policial precisa ser bem fundamentada, de modo que a comoção que hoje se verifica na cidade não venha a se transformar numa revolta popular de maiores proporções. Pior: de proporções inimagináveis.
Nesse aspecto, manda a prudência que as instituições públicas - a Justiça, a polícia, o Ministério Público e a própria municipalidade - devam agir no sentido de facilitar o acesso aos autores do crime, de modo que a expectativa da sociedade seja contemplada pelo desfecho do inquérito instaurado para apurar o caso. E que o(s) criminoso(s), ao término da apuração, de fato tenha(m) sido devidamente identificado(s) e levado(s) a júri popular, como manda a processualística.
FONTE: ACritica
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