TERRA DA HOSPITALIDADE

Algumas coisas são marcantes em Coari, e propagadas aos quatro ventos, uma delas é a hospitalidade de seu povo, hospitalidade gabada e definida como uma marca, uma grife. É claro, que como o tempo passa as coisas mudam, talvez a hospitalidade dos coarienses já não seja mais a mesma do tempo de vila, de cidade pequena; mas ainda somos hospitaleiros, ainda recebemos bem as pessoas, mesmo com o crescimento acelerado da cidade e dos medos e receios de uma cidade que vai ficando grande.

Receber bem as pessoas, oferecer um cafezinho, servir um bom almoço, sorrir e festejar momentos únicos, acolher com carinho os que chegam por aqui meios desconfiados e daqui não querem mais sair, consolidando assim a fama da hospitalidade do coariense. É verdade, que somos hospitaleiros, porque queremos bem as pessoas, acreditando nelas, na expectativa de que tragam bons fluídos e que assim somem mais com nosso destino, com nossas esperanças. Como o Brasil somos formados pela mistura de vários matizes de nossa formação nacional: eu mesmo sou descente de cearense com uma cabocla legítima, resultando num coariense que como muitos coarienses gosta de ser gentil e hospitaleiro como os demais. Parece que para nós, coarienses, ser gentil é o mesmo que plantar amizades, que interligar corações, na expectativa de que dar certo acreditar e tratar bem o próximo, mesmo sob pena de enganar ou ser enganado. A geração de novas amizades no ventre da hospitalidade nos faz povo diferente. Existe fama que não faz muito bem a quem a carrega, mas ter fama de ser hospitaleiro é bom demais. 

O sorriso que recebe o viajante e a lagrima da despedida do amigo conquistado é prova maior desta hospitalidade, ah... E outra coisa: os quilos a mais decorrente das churrascadas, dos almoços e jantares, das festas regadas a muita bebida e comida, confirmam o adágio mais do que popular: quem vem a Coari e prova do Jaraqui não quer mais sair daqui.

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