A "Boiadeira" contou nas redes sociais que sofreu bullying na infância e hoje usa adesivos para disfarçar as orelhas. Especialistas alertam para o uso de colas improvisadas.
Se você acompanha a cantora Ana Castela nas redes sociais, deve ter visto o desabafo bem-humorado — mas cheio de significado — que ela fez recentemente. A sertaneja revelou um "segredinho" estético que usa para disfarçar as orelhas proeminentes, popularmente conhecidas como orelhas de abano: uma cola específica.
No vídeo, Ana contou que já recorreu até a colas instantâneas (o famoso "Super Bonder") no passado, mas que hoje utiliza um adesivo próprio para a pele. "Eu não pedi para nascer assim, não, minha gente", brincou ela, comparando-se a um "Fusca de porta aberta".
Mas, afinal, colar a orelha funciona? É seguro? E por que a cirurgia que ela fez não resolveu? Vamos entender o caso e o que diz a medicina.
O caso de Ana Castela: Bullying e Otoplastia
Ana revelou que o formato das orelhas sempre foi motivo de insegurança e que sofreu bullying na escola. Para tentar resolver, ela chegou a passar pela otoplastia (cirurgia plástica para correção das orelhas), mas relatou que, no seu caso, a cartilagem "voltou" à posição original.
Embora frustrante, o retorno da orelha à posição de abano após a cirurgia pode acontecer, chamado de recidiva. Isso ocorre geralmente pela "memória" da cartilagem, que tende a voltar ao formato original se as suturas internas cederem ou se a técnica não for a ideal para aquele tipo de orelha. No entanto, é importante frisar: a otoplastia continua sendo o tratamento definitivo padrão ouro, com altas taxas de sucesso na maioria dos casos.
O perigo do "truque" da cola
A cantora admitiu que, antes de descobrir os adesivos estéticos próprios (como o Otostick, que ela mostrou), usava cola instantânea comum. Isso acende um alerta vermelho para a saúde da pele.
Dermatologistas advertem que o uso de colas não destinadas à pele (como as de cianoacrilato, vulgo Super Bonder) pode causar:
Dermatite de contato grave: Alergias severas, vermelhidão e coceira intensa.
Lesões e queimaduras químicas: A pele atrás da orelha é fina e sensível.
Infecções: Feridas abertas pela cola podem ser porta de entrada para bactérias.
O produto que Ana usa atualmente é um corretor estético de silicone, hipoalergênico, feito para essa finalidade. Ele funciona como uma "fita dupla face" potente que mantém a orelha colada à cabeça por alguns dias. É uma solução temporária e paliativa, segura se for o produto correto, mas que não corrige o problema estrutural.
Qual é a solução definitiva?
Para quem se incomoda com a orelha de abano, a solução médica recomendada não é a cola, mas sim a cirurgia.
Otoplastia: Pode ser feita a partir dos 6 ou 7 anos de idade (quando a orelha já está quase totalmente formada). É um procedimento seguro, que remodela a cartilagem.
Fios de sustentação: Uma técnica mais recente e menos invasiva (fechada), mas que tem indicações restritas e, em alguns casos, maior chance de recidiva do que a cirurgia aberta clássica.
Autoestima em primeiro lugar
Ao final do desabafo, Ana Castela deixou um recado importante para os fãs: "Vocês são lindos e perfeitos. Não precisam disso".
A decisão de corrigir ou não as orelhas deve ser pessoal e baseada no bem-estar do paciente, e não na pressão externa. Se o incômodo for grande, procure um cirurgião plástico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) para avaliar se a otoplastia é indicada para você — e deixe a cola apenas para os papéis!
.jpg)
1. O Blog em Destaque reserva-se o direito de não publicar ou apagar acusações insultuosas, mensagens com palavrões, comentários por ele considerados em desacordo com os assuntos tratados no blog, bem como todas as mensagens de SPAM.