Um devastador terremoto de magnitude 6.0 atingiu o leste do Afeganistão na noite de domingo, 31 de agosto de 2025, deixando um rastro de destruição e luto. As autoridades afegãs confirmaram que mais de 800 pessoas morreram e pelo menos 2.700 ficaram feridas, com os números ainda podendo aumentar à medida que as equipes de resgate alcançam áreas remotas.
O epicentro do tremor foi localizado em uma área remota e montanhosa a 27 km de Jalalabad, na província de Nangarhar. A onda sísmica foi sentida em diversas regiões, desde Cabul, capital do Afeganistão, até Islamabad, capital do Paquistão. A profundidade relativamente superficial do terremoto, de apenas oito quilômetros, contribuiu para o alto número de vítimas e os extensos danos nas províncias de Nangarhar, Kunar e Laghman.
Moradores de Nurgal, uma das áreas mais afetadas na província de Kunar, relataram cenas de terror. "Os quartos e as paredes desmoronaram sobre mulheres e crianças, alguns morreram na hora e outros ficaram feridos", disse Zafar Khan Gojar, de 22 anos, à AFP. Em Wadir, uma aldeia montanhosa, os habitantes buscam sobreviventes entre os escombros. "Em cada casa, houve pelo menos uma pessoa morta ou ferida", afirmou Gul Mohamad Rasuli, um morador de 55 anos.
A ONU e as autoridades afegãs estão mobilizando esforços de resgate, com o Ministério da Defesa realizando dezenas de voos para auxiliar as vítimas. No entanto, algumas das aldeias mais atingidas permanecem inacessíveis devido a bloqueios nas estradas.
O Afeganistão é uma zona sísmica ativa, com terremotos frequentes na cadeia montanhosa de Hindu Kush. Este desastre ocorre em um momento em que o país já enfrenta uma grave crise humanitária, agravada pela redução da ajuda externa desde o retorno do Talibã ao poder em 2021. A capacidade do país de responder a desastres naturais é severamente limitada, tornando a situação ainda mais desafiadora para a população afetada.
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