Conheça os quatro princípios para reduzir risco de desastres nas cidades

Em Destaque
0

Com lançamento previsto para este mês, o plano deve ser implementado pela União, estados, Distrito Federal e municípios



 

Brasília (DF) - Principal instrumento de gestão de riscos de desastres no Brasil, o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDC) foi estruturado com base em quatro princípios centrais. Com lançamento previsto para este mês, o documento deve ser implementado de forma integrada, articulada e coordenada pela União, estados, Distrito Federal e municípios.
 

Supervisionado pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), o PNPDC teve os princípios definidos no Decreto nº. 10.593, de 24 de dezembro de 2020. Confira abaixo.
 


Divulgação
 

Na prática, os princípios buscam fortalecer a capacidade do País de gerenciar riscos e responder a desastres de maneira eficaz e coordenada. “Eles (princípios) são fundamentais para a proteção da população, especialmente diante de desastres, como enchentes, secas e deslizamentos, cada vez mais frequentes”, afirma o secretário Nacional de Proteção de Defesa Civil, Wolnei Wolff.
 

O primeiro princípio, da compreensão e identificação dos riscos de desastres, é essencial para qualquer ação de defesa civil. Ele se baseia na necessidade de conhecer detalhadamente os riscos que cada região enfrenta em caso de desastre decorrente de eventos climáticos e geológicos ou provocado por ações humanas. Isso inclui mapear as áreas mais vulneráveis, entender as ameaças e realizar análises técnicas. Compreender esses riscos permite o planejamento de ações preventivas e a tomada de decisões corretas para mitigar os impactos e proteger as comunidades.
 

O segundo princípio, do fortalecimento da governança com vistas ao gerenciamento de riscos e desastres, é fundamental para uma gestão eficaz. O plano enfatiza a importância de integrar as ações entre os diferentes níveis de governo e articular políticas públicas intersetoriais. Isso significa que as áreas de educação, saúde, infraestrutura, assistência social, entre outras, devem trabalhar juntas. Além disso, é crucial incluir a sociedade civil no processo, o que ajuda a garantir que as respostas sejam mais rápidas e coordenadas.
 

Investimento na redução de riscos de desastres e fortalecimento da cultura de resiliência é o terceiro princípio e um dos mais importantes para a prevenção de desastres. Ele foca na necessidade de investir em infraestrutura e tecnologia, como obras de proteção, sistemas de alerta precoce e capacitação de pessoas. Também envolve fomentar uma cultura de resiliência, ou seja, preparar as comunidades para que saibam como reagir diante de um desastre, minimizando os danos e perdas. A cultura de prevenção deve ser disseminada em todos os níveis, desde as escolas até os líderes comunitários, para que todos estejam preparados e conscientes do que fazer.
 

O quarto e último princípio, do estímulo à expansão da participação de organizações da sociedade civil, é fundamental para o sucesso do plano. A participação ativa de organizações não governamentais, movimentos sociais, empresas e a própria comunidade é essencial para criar uma resposta mais abrangente e democrática. Essas entidades trazem um conhecimento local valioso, mobilizam recursos rapidamente e constroem redes de apoio que aumentam a resiliência das comunidades. A ideia é que esses atores sejam cada vez mais envolvidos no planejamento das ações, o que amplia o alcance e a eficácia das iniciativas.
 

“Os princípios se complementam de forma significativa. Não adianta compreender os riscos sem uma governança eficiente para atuar sobre eles. Da mesma forma, os investimentos em infraestrutura e a promoção de uma cultura de resiliência só são eficazes se houver uma sociedade civil engajada. Esses quatro princípios formam uma rede de proteção e preparação que abrange todas as etapas da gestão de riscos de desastres”, completa o secretário Wolnei Wolff.
 

A gestão de riscos de desastres é um processo composto por ações que passam por cinco etapas fundamentais: prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação. Este processo está alinhado com a Estratégia Internacional de Redução de Desastres (EIRD), da Organização das Nações Unidas (ONU), e com o Marco de Sendai, marco norteador para a redução do risco de desastres.
 

Saiba tudo sobre o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil aqui.

Tags

Postar um comentário

0Comentários

1. O Blog em Destaque reserva-se o direito de não publicar ou apagar acusações insultuosas, mensagens com palavrões, comentários por ele considerados em desacordo com os assuntos tratados no blog, bem como todas as mensagens de SPAM.

Postar um comentário (0)