COARI DIZ NÃO À EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL

Com a presença maciça de cerca de 5 mil moradores da cidade Coari, na manhã desta quarta-feira (18), a população foi às ruas da cidade para dizer um basta a exploração sexual contra crianças e adolescentes no município.

Com faixas e cartazes e gritos de motivação, o evento contou com a participação de estudantes, professores, autoridades e famílias inteiras empenhadas na causa que levou às avenidas de Coari o lema "Faça bonito, proteja nossas crianças e adolescentes", com organização da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos.
A mobilização ainda envolveu vários seguimentos do sistema de proteção de direitos como: O CREAS, Conselhos Tutelares, Comitê Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente- CMDCA com apoio de organizações da sociedade civil e demais órgãos de governo.
Mãe de cinco filhos, sendo duas adolescentes, a dona de casa Maria Evangelista fez questão de participar da passeata, como forma de inventivo às demais famílias. "Essa força é importante para que todos possam abrir os olhos e cuidar mais de seus filhos, assim como cuido das minhas, para que monstros não se aproximem delas no futuro, como já aconteceu na cidade no passado", afirmou.
A dona de casa conta ainda que, toma diversos cuidados necessários, para que as filhas sintam-se protegidas. Entre conselhos sobre estranhos e também sobre conversas suspeitas de pessoas até conhecidas, que possam se aproximar com segundas intenções.
Outra sugestão deixada por ela, é ter sempre em mãos o telefone e endereço dos conselhos tutelares, como forma de precaução e também para ajudar os amigos e vizinhos nas denúncias.
*OFICINA*
Uma oficina também será realizada no próximo dia 20, promovida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, com o tema Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
*SOBRE A DATA*
Em 18 de maio de 1973, em Vitória (ES), um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o "Crime Araceli". Este foi o nome de uma menina de apenas 8 anos de idade, que foi brutalmente raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens da classe média alta daquela cidade.
Esse crime, apesar de natureza hedionda, prescreveu impune. A data ficou instituída como o "Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes" a partir da aprovação da Lei Federal nº. 9.970/2000. O  "Caso Araceli", como ficou conhecido, ocorreu há mais de 40 anos, mas, infelizmente, situações absurdas como essa ainda se repetem.

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