Plenário da Câmara tem estado vazio nas últimas semanas para a realização das reuniões ordinárias. |
Em uma sessão polêmica que durou até as 23:00h desta
quarta-feira(29), os vereadores de oposição ao prefeito Raimundo Magalhães,
abriram uma Comissão Processante para tentar afastar o prefeito que está
governando o município há 15 dias. O argumento utilizado para abertura do
processo foi uma publicação de uma conversa via WhatsApp, onde um suposto
empresário acusa o prefeito de tentar negociar secretárias em troca de
dinheiro. Se não bastasse a polêmica abertura da comissão processante, os
vereadores de oposição ainda pretendem afastar do mandato o vereador Carlos
Alves Batista (Merelo), que devido ser o mais idoso, presidiu a sessão que deu
posse à Magalhães como prefeito em virtude da ausência dos demais vereadores
que compõe a mesa.
A sessão ordinária desta quarta-feira (29) aconteceu após
várias semanas sem que houvesse sessão na Câmara Municipal de Coari, mantida
com recursos públicos, e foi à primeira reunião presidida por Iran Medeiros
após deixar o cargo de prefeito interino. Antes, durante e depois da reunião no
prédio do poder legislativo municipal o clima era de animosidade entre os
vereadores e a população, as discussões foram acaloradas, e o vereador Merelo
só não foi afastado sumariamente do cargo pelo fato de outros 6 (seis)
vereadores se posicionarem afirmando que se Merelo fosse afastado eles também
deveriam ser, uma vez que todos realizaram a sessão que deu posse a Magalhães.
Diante do posicionamento firme dos pares, a mesa diretora recuou de afastar
sumariamente o vereador, no entanto, abriu processo interno com este objetivo.
A assessoria jurídica da Prefeitura de Coari afirmou que
ainda não foi notificada da iniciativa da Câmara Municipal de Coari e que assim
que tomar ciência às medidas legais serão tomadas. Segundo a assessoria de
comunicação da prefeitura as alegações da falsa conversa via WhatsApp, usada
para embasar a abertura da Comissão Processante não tem fundamento, uma vez que
o prefeito já entregou o seu aparelho celular para ser periciado pela polícia
que vai apresentar laudo técnico comprovando que a conversa foi uma armação
fraudulenta, inclusive, tendo os seus autores já sido identificados razão pela
qual os mesmos serão indiciados criminalmente. “O prefeito Magalhães é o
prefeito de fato e de direito, tendo sido diplomado para exercer o cargo e
devidamente empossado pela Câmara Municipal respeitando todos os princípios
legais e democráticos. É de estranhar que os vereadores não se conformem com a
vontade do povo e com a decisão da justiça, e fiquem tentando criar fatos para
tentar desestabilizar uma administração que está trabalhando para reconstruir o
município que está passando por uma situação de emergência administrativa e
financeira” – afirmou o Secretário de
Comunicação José Alberto.
Analistas políticos do município interpretam que a atitude
dos 8 (oito) vereadores em abrir uma Comissão Processante para tentar afastar o
prefeito que está apenas há 15 dias no comando do município, como uma atitude
que mostra ressentimento por parte do grupo que saiu do poder quando Magalhães
foi diplomado e empossado prefeito à revelia da vontade dos referidos vereadores
de oposição. Vereadores que estavam sob a liderança de Iranilson Medeiros (DEM)
quando exercia a função de prefeito em exercício. Uma atitude que demostra
falta de respeito com o voto popular e as decisões da justiça que reconheceram
Magalhães como o legítimo prefeito de Coari.
Vale lembrar que Iranilson Medeiros estava à frente da
prefeitura, mas cada vereador que o apoiava tinha uma secretaria municipal como
espécie de feudo, onde quem mandava e desmandava de fato eram os representantes
dos vereadores que ocupavam os cargos de Secretários ou Secretário Adjuntos
municipais. Alguns exemplos disso são as secretarias de Saúde dirigida por uma
irmã de um vereador, a de Assistência Social dirigida por uma esposa de
vereador e a de Administração por um irmão de um vereador, só pra citar algumas
como exemplo. Vereadores todos da base aliada de Iran, os mesmos que abriram a
comissão processante.
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