Prefeitos e representantes dos municípios de Manaus, Barcelos, Iranduba, Manacapuru, Novo Airão, Parintins, Tabatinga, São Gabriel da Cachoeira, Presidente Figueiredo e Coari assinaram nesta quarta-feira (13), um termo de adesão entre o Governo do Estado e as prefeituras que participam da primeira etapa do projeto “Mobilizar e Agir em Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes”. Segundo a secretária de Estado de Assistência Social e Cidadania em exercício, Graça Prola, esses dez municípios são os que apresentam maior índice de casos de exploração sexual contra crianças e adolescentes no Mapa da Violência do Brasil.
De acordo com Graça Prola, menos de 5% dos crimes de abuso sexual são denunciados, por isso há uma dificuldade grande em contabilizar o número de casos, mas sabe-se que esses locais apresentam os maiores índices. Outro fator que dificulta a contabilização, é que as meninas e meninos em situação de risco não se sentem explorados e por isso não denunciam. “Fazer um programa que lhe rende uma calça jeans, um jantar, dinheiro para elas não é exploração sexual e nesses casos é necessário trabalhar a conscientização, pois elas não conseguem entender essa relação de desvalorização e exploração”, explicou Prola.
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Equipe técnica que participou de capacitação. |
Registros
O prefeito de São Gabriel da Cachoeira (a 852 quilômetros de Manaus), René Coimbra, disse o município registrava até dez casos por mês de exploração sexual e com o trabalho de conscientização que vem sendo realizado o número baixou para até três casos por mês.
Ele explicou que, no início do trabalho, percebeu-se que o alto índice era motivados por problemas sociais e culturais, pois 95% da população é de indígenas que vão para a área urbana pensando em estudar e acabam sendo ‘presas’ fáceis para os criminosos.
Para René Coimbra, a assinatura do convênio vem pra somar e ampliar as ações de combate a exploração sexual de crianças e adolescentes. “Nós precisamos proteger essas crianças e só é possível fazer isso trabalhando em conjuntos com o governo estadual e federal, pois São Gabriel apresenta uma realidade diferente, por ser de difícil acesso da fiscalização, por isso o cuidado tem que começar nas próprias famílias”, acrescentou.
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