No início do ano de 2012 o governo anunciou, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), a construção de um Centro de Comercialização da Agricultura Familiar, no município de Iranduba (a 27 km de Manaus), com o objetivo de abrigar a produção hortifrutigranjeira e servir de entreposto entre o produtor e o consumidor final. No entanto, a obra que estava prevista para terminar em fevereiro deste ano, está atrasada e longe de ser entregue, a construção conta apenas com blocos e estacas.
De acordo com Lucinete Nicássio, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Iranduba, o Centro poderia estar evitando um prejuízo considerado aos agricultores reduzindo a distância entre o produtor e o consumidor, diminuindo custos e aumentando a lucratividade.
"O projeto é como se fosse para nós uma espécie de Ceasa no município, onde as pessoas poderiam comprar diretamente atravessando a ponte. Por conta disso, temos que nos deslocar para locais como a Manaus Moderna e outras feiras. Alguns agricultores estão montando posto até na beira da estrada", disse Lucinete.
A presidente afirmou que já procurou a Seinfra, à qual alegou, à época, não ter verbas, e agora porque iniciou o período de chuvas. E, como medida imediata, já que a obra deveria ter sido entregue em fevereiro, os agricultores estão se organizando para realizar uma audiência pública para discutir o assunto e cobrar das autoridades responsáveis.
A obra, que custou aos cofres públicos R$ 5,9 milhões, deveria beneficiar aproximadamente 10 mil produtores/agricultores rurais. Além disso, o consumidor final estaria no lucro com a redução do preço de produtos regionais produzidos na zona rural de Iranduba.
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