O Centro Integral de Nefrologia (Centro de Hemodiálise) do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) vai ser desativado em 24 de junho. Data em que encerra o convênio entre a Fundação Rio Solimões (Unisol) (instituição privada de apoio à UFAM - Universidade Federal do Amazonas) e Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam), que assegura o pagamento da folha de servidores que atuam na unidade.
Com o fim do contrato, o HUGV deixará fazer cerca de 11 mil atendimentos de pacientes com problemas renais (crônicos e agudos) ao ano e haverá a dispensa de 70 funcionários técnicos (especialista) a partir do próximo dia 30. Grupo formado por médicos, nutricionistas, técnicos de hemodiálise, assistente social, psicólogo, enfermeiros entre outros. Isso também vai encerrar a especialização de médicos neste setor (residência médica).
Diante da gravidade, o Sintesam (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas) procurou o diretor HUGV, na manhã desta terça-feira (22), para apurar os motivos do fechamento do Centro de Nefrologia e situação dos funcionários que temem serem mandados embora depois de quase cinco anos de serviços.
O diretor do HUGV, professor Lourivaldo Rodrigues de Souza, relatou aos diretores Ronaldo Bastos e Crizolda de Araújo, que o serviço será suspenso por falta e recursos para manter a folha de pagamento dos 70 funcionários, contratados pela Unisol, que atuam no Centro.
De acordo com o diretor, a Susam estaria encerando o convênio por dificuldades para o fechamento das contas (prestação de contas) com a Fundação Unisol, que gere os recursos (cerca de R$ 250 mil/mês) repassados pelo Estado. “Como o HUGV ou mesmo a UFAM, não pode absorver os funcionários sem concurso público, o destino será a dispensa. Diante disso estou comunicados o fato às entidades de classe (CRM, Sindicatos a Associação) para explicar os motivos”.
Lourivaldo Souza relatou ainda que, desde de novembro do ano passado, vinha comunicando a data de encerramento do convênio à Susam e Unisol. Entretanto, só no dia 15 de maio a Secretaria enviou um ofício comunicando a intenção de manter o serviço, mas estaria esbarrando na falta de interesse pela própria Unisol para renovar o contrato. “Nós não temos como manter o centro funcionando sem que alguém banque a folha e pagamento dos funcionários. Já enfrentamos dificuldades de pessoal, insumos e máquinas para manter o teto de produtividade junto ao SUS”, atesta o diretor.
Diante do avançado da hora, os diretores do Sintesam decidiram procurar a direção da Unisol, nesta quarta-feira (23), para ouvir a outra versão da história e indagar o destino dos 70 trabalhadores do Centro. “Apesar de os funcionários do Centro não serem sindicalizados, o Sintesam tem o dever intervir nesta luta, porque o interesse é, acima de tudo, da sociedade”, afirma Crizolda de Araújo.
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