Secretário considera intempestiva decisão pela greve




O secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim, considerou intempestiva a decisão dos médicos de paralisar o atendimento à população, embora já existisse o indicativo de greve. Segundo Alecrim, o Governo do Amazonas e o Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam) encontravam-se em plena negociação e, em nenhum momento, a Secretaria de Estado da Saúde (Susam) deixou de receber a direção do Sindicato ou prestar as informações solicitadas. O Comunicado de Greve foi protocolado pelo Simeam nesta sexta-feira, às 14h37, na sede da Susam.

De acordo com o secretário, no último dia 3, terça-feira, representantes do Sindicato e da Secretaria estiveram reunidos para discutir a atual pauta de reivindicações e o resultado das negociações foi reiterado em ofício encaminhado ao Simeam nesta quinta-feira, 12 de janeiro.

Alecrim destaca que no último dia 30 de dezembro, os 1.494 médicos do sistema estadual de saúde receberam, em folha complementar, reajuste de 8% retroativo a maio, o que representou um montante de R$ 5 milhões. O percentual foi superior à média nacional com aproximadamente 2% de ganhos reais.

Quanto às demais reivindicações, o secretário esclarece que o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), conforme informado na última reunião com o Simeam, está em fase final para realização de enquadramento, o que poderá ser feito no período de uma semana. Para Alecrim, o PCCR representa uma das maiores conquistas da categoria nos últimos 20 anos.  

Sobre o Piso Salarial nacional reivindicado pelos médicos, o secretário informa que o valor proposto pela Federação Nacional dos Médicos ainda não foi viabilizado em nenhum estado do País. No Amazonas, a implantação do Piso no valor de R$ 9.188,22 representaria um aumento de 109% sobre a atual remuneração, que varia de R$ 4.428,00 a R$ 5.479,87 por 20 horas semanais, para os médicos que atuam na capital, com acréscimo de Gratificação de Localidade, entre R$ 1.080,00 e R$ 1.350,00, para os que atuam no interior.

Reafirmando que a pauta de reivindicações está sendo atendida e que o Governo do Amazonas sempre esteve aberto às negociações com a categoria, Wilson Alecrim lamenta que a decisão pela paralisação tenha sido tomada no momento em que são esperados aumentos na ocorrência de doenças próprias da estação, incluindo-se as viroses, como gripe e dengue, além de meningite, que costuma aumentar neste período do ano.

Para evitar que a população seja penalizada, o secretário informa que a Susam irá avaliar o impacto da paralização e adotará as providências cabíveis, evitando que os pacientes fiquem sem assistência.

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