POLICIA FEDERAL INVESTIGA CÂMARA MUNICIPAL DE COARI

Durante toda a semana passada, cerca de 6 agentes da Policia Federal estiveram realizando uma diligencia no prédio da Câmara Municipal de Coari. Segundo informações levantadas pelo blog as investigações acontecem desde 2007, mas foi no ano de 2009 que o poder legislativo coariense foi oficializado a respeito da investigação. Os valores gastos com a reforma e construção de uma laje do estacionamento da Câmara, durante este período (2007-2008), chamam a atenção: já teriam sido gastos mais de oito milhões só na área durante este período de tempo, para ter idéia do absurdo que isto representa é só comparar este montante com o custo publicado para a atual ampliação do prédio que foi de aproximadamente de 798 mil reais.

ACESSO A DOCUMENTOS

Na vistoria realizada pelos agentes da policia federal, os policiais  tiveram acesso aos documentos da atual reforma, tais como plantas baixas, planta elétrica e o processo licitatório, assim como uma quantidade de fotos que mostravam o estado como o prédio anterior se encontrava. Sobre os documentos dos mandatos passados, os agentes policiais foram informados que não havia documentos e que por este motivo a atual administração da câmara fez um boletim de ocorrência na delegacia da policia civil em Coari, no dia 03 de janeiro deste ano informando o fato, assim como no dia 11 de fevereiro de 2011 o fato de não haver documentos das gestões anteriores também foi informado ao tribunal de contas. “Este foi o procedimento que adotamos, assim como solicitamos um laudo técnico dos setores competentes para comprova o estado de emergência para a construção, uma vez que da forma como o prédio se encontrava não havia a menor condição para os funcionários trabalharem” – informou Mariluce Meireles, Diretora Financeira e Chefe do Setor de Licitação. “Na atual reforma temos certeza de termos todos os documentos que comprovam a transparência da obra, quanto aos mandatos passados, fizemos o B.O policial e informamos ao tribunal de contas que não tivemos acesso aos documentos”- concluiu Mariluce.

O QUE OS POLICIAIS FEDERAIS QUEREM SABER

A investigação federal busca esclarecer os preços global e por itens ofertados pela empresa vencedora da licitação para reforma e ampliação do prédio desde 2009, se mostravam compatíveis com o preço de mercado, se apresentavam correlação com os preços oficiais utilizados pelo mercado neste ramos de atividade; se o objeto de contrato foi executado dentro de sua totalidade; se há indícios de superfaturamento ou subfaturamento na obra; se os matérias empregados na obra forma os pactuados no contrato; se os pagamentos inicialmente previstos foram mantidos até o final da obra, e em caso negativo, se o aumento no custo da execução da obra foi previsto; a PF também quer saber como foram efetuados os pagamentos durante a execução da obra além de levantar outros dados que podem ser considerados úteis para o inquérito policial.