A Universidade Aberta da Terceira Idade (UnATI/UEA), mantida pelo Governo do Amazonas, está oferecendo exames gratuitos para o diagnóstico precoce da osteoporose para homens e mulheres acima dos 55 anos de idade. A iniciativa, que se estende até o dia 27 próximo, ocorre no Núcleo de Orientação Gerontológica da UnATI/UEA, na avenida Carvalho Leal, 1777, Cachoeirinha, zona Sul.
O mutirão de exames é fruto de parceria pioneira entre o Governo do Estado e a empresa multinacional farmacêutica Eli Lilly, que forneceu o aparelho de ultrassonometria calcânea e uma técnica para manusear o equipamento. Até 60 exames estão sendo realizados, diariamente, através de agendamento prévio e distribuição de fichas.
De acordo com o diretor da UnaTI/UEA, Euler Ribeiro, os atendimentos são feitos em dois turnos, sendo 30 pela manhã, a partir das 8h, e outros 30 à tarde, começando às 14h. "Como o número de vagas é limitado e as demandas são grandes, é importante que os interessados estejam atentos aos horários de distribuição das fichas para a comodidade de todos", alertou.
Para receber os serviços, acrescenta Euler Ribeiro, os idosos devem portar pelo menos um documento de identificação. Além dos exames específicos de osteoporose, o mutirão também fornece exames de eletrocardiograma, em conjunto com o Hospital Universitário Francisca Mendes (HUFM). O procedimento é feito via telemedicina, que permite a divulgação imediata do laudo médico.
Divulgação dos resultados – Os resultados dos exames que apontam o risco da osteoporose nos pacientes serão divulgados em 31 de maio, às 9h, no auditório da Escola Superior de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Amazonas (ESA/UEA). "Vamos reunir todos os atendidos, orientar e esclarecer sobre os próximos passos a serem tomados, dependendo dos diagnósticos".
Após essa etapa, continua o diretor da UnATI/UEA, os pacientes que apresentarem predisposição para a doença terão acompanhamento garantido pelo Governo Estadual. "Conversei com o secretário Wilson Alecrim e quem precisar será encaminhado às unidades da Susam (Secretaria de Estado da Saúde) e vai receber as medicações e tratamento necessários", assegurou.
Habitante de Manacapuru, distante 79 quilômetros de Manaus, a aposentada Izorilda Alves, de 57 anos, veio à capital somente por conta do mutirão. "Vim às pressas e saí de casa às três da manhã para ser a primeira", disse. "Sentia dores, mas nunca tive oportunidade de fazer o exame certo. Agora estou aliviada porque vou poder me tratar sabendo o problema que eu tenho".
Exame rápido – Antes de serem encaminhados aos exames de osteoporose, os idosos passam pelo processo de triagem. Profissionais de saúde da UnATI/UEA fazem os exames prévios de verificação da pressão do pulso, peso e altura, além de medir a circunferência da região abdominal do idoso.
A partir daí, a ultrassonografia do calcanhar é feita em menos de dois minutos. "O osso do calcâneo é o que mais recebe impacto durante a vida. Por isso, é uma das características que favorecem o aparecimento da doença. O exame é indolor e feito em tempo recorde", explica.
Euler Ribeiro alerta que apesar da osteoporose ser uma patologia predominante do sexo feminino (após a menopausa), os homens também são atingidos. "É a doença que mais fragiliza o idoso. É silenciosa e debilitante que atinge uma em cada três mulheres e um em cada oito homens".
Conforme o diretor da UnATI/UEA, o principal fator de risco da osteoporose é fragilização dos ossos das pessoas idosas, o que facilita quedas e fraturas. "Quem cai e quebra um osso fica imobilizado. Em tempo acelerado, o idoso perde massa óssea, massa magra, músculos, a circulação diminui, entre outros. É uma série de problemas que podem levar até à morte", detalha.
Quem deve fazer o exame – Segundo Euler Ribeiro, a realização do exame da osteoporose considera fatores que predispõem à doença. É indicado tanto para mulheres como homens, acima dos 55 anos e que apresentem as seguintes características: fumante; cor branca ou amarela; vida sedentária; histórico familiar de osteoporose; uso de corticoides (medicamento para alergias) por mais de três meses; antecedência de fraturas de baixo impacto na idade adulta, na coluna vertebral, fêmur ou punho.
Fotos: Roberto Carlos
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