A questão do não pagamento dos salários dos funcionários públicos de Coari, assim como do décimo terceiro do ano passado ultrapassa a crise administrativa que a terra do Petróleo e do Gás Natural vive. Já afirmei que a crise em Coari não é financeira, é administrativa e moral, uma vez que os recursos entram normalmente nas contas da prefeitura tomando destino ignorado, já que nem mesmo o essencial é feito que é pagar o salário do funcionalismo.
Quando o Ministério Público solicita da justiça o bloqueio das contas para pagar o salário e o décimo de 2009, além de estar tomando uma medida justa do ponto de vista social, está tomando também uma medida humanitária. Pais de família e pessoas que saem para trabalhar e cumprir suas obrigações profissionais e que estão com o poder de compra reduzido, alguns passando fome por terem como fonte de renda apenas o salário de servidor público. Quando o promotor pede para que sejam bloqueadas as contas, está pedido para que esta questão salarial seja zerada de uma vez por outra e o administrador da segunda economia do Amazonas possa equacionar a questão salarial sem desculpas, na frieza da lei.
Então será feito justiça, não com as estruturas do poder, mas com o próprio aspecto humano da sociedade, cuja esperança repousa no judiciário. Em um estado em que as instituições estão desacreditadas, atender um anseio do ministério público para zerar o aspecto salarial em Coari é corresponder as expectativas de quem só pode esperar por Deus e pela justiça, uma vez que o poder legislativo dobrou-se,qual serviçal as seduções do poder executivo.
DANIEL MACIEL
BLOG COARI EM DESTAQUE
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