PENSATA: DESCONFIANÇA

Sempre desconfie daqueles que querem ser juízes do mundo, daqueles que são donos da verdade intrínseca, e que estão sempre com o dedo em riste pronto para condenar. São eles que apedrejam, que condenam, que levam ao calabouço das injurias e nem sequer tem a capacidade de olhar os seus próprios rostos no espelho para perceber que o coração cheio de ódio, rancor e inveja não permite enxergar os próprios defeitos, que são tão patentes.

São sepulcros caiados, são víboras prontas a destilar seu veneno, sem pensar que as conseqüências do veneno sempre recairão sobre si, e não sobre os outros a quem tanto odiaram. O mundo não tem só uma verdade, e nem é verdadeiro aquele que se diz detentor de um conceito que deprecia os outros e eleva a sua própria auto-justiça.

Sempre desconfie daqueles que vivem ao sabor de atirar pedras no próximo, pois quando eles são confrontados com a própria justiça, vêem que não têm condição de atirar uma pedrinha sequer, o grande problema é que falta-lhes a capacidade de perceber a própria indignidade e põe culpa no mundo, ou em qualquer um que lhes cause inveja.

Sempre desconfie do coração cheio de rancor: nunca nascerá uma flor se quer, ainda que ele mesmo se ache um jardim florido, é que o deserto de sua alma lhe permite ver apenas miragens, e por elas é enganado. Prefiro, estender a mão a quem chora, me esforçar por ser eu mesmo e não o que alguém possa pensar de mim, lutar por um mundo melhor não com palavras apenas mas com ações, prefiro sair da minha comodidade e crescer com os que acreditam que é possível crescer, pois que não acredita na possibilidade de vencer, joga impropérios no vento, pensando está fazendo o bem, faz o mal.

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