Cresce o registro de violência contra mulheres

DEU EM O GLOBO


Número aumenta em 22,3%; maioria é agredida diariamente

De Catarina Alencastro:

O número de registros de agressões a mulheres no país aumentou 22,3% de 2007 a 2008, passando de 20.050 ocorrências para 24.523. A procura pela Central de Atendimento à Mulher também cresceu. No mesmo período, foram 65 mil atendimentos a mais, aumento de 32%.

A central de atendimento, cujo número é 180, registrou, em 2008, 269,9 mil ligações, sendo que 117 mil foram apenas para pedir informações sobre a Lei Maria da Penha, que aumenta punições em caso de violência doméstica. Do total de ligações de 2008, 24.523 (9,1%) foram relatos de violência. Desses, 56,2% foram denúncias de lesão corporal e 26,5% de ameaças. Depois aparecem difamação e perseguições. Foram relatados 298 casos de estupro, 261 tentativas de homicídio e 14 assassinatos. A frequência das agressões impressiona: 65% das vítimas sofrem violência todos os dias.

A maior parte das mulheres que entrou em contato com o 180 é negra (39,2%), tem entre 20 e 40 anos (53,2%), é casada (24,8%) e cursou parte ou todo o ensino fundamental (33,3%). Os agressores são, em sua maioria, cônjuges da vítima (63,2%). Em 57,2% dos casos, o agressor havia usado álcool ou drogas.

- O agressor, em geral, entende que a parceira lhe pertence e está no seu direito castigá-la. Esse perfil se encontra em um homem pacato e naqueles mais agressivos. A questão de classe não pesa, temos de desembargadores a desempregados. Leia mais em O Globo

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